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Projeto de extensão da Politécnica-UFRJ leva oficina sobre desastres ambientais a mil alunos da rede pública

Publicado em: 03/09/2021 Escola Politécnica da UFRJ
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As escolas municipais Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, e Thomas Mann, no Cachambi, serão as primeiras unidades escolares a receberem oficina educativa sobre desastres associados a deslizamentos pelo projeto “Trabalhando o Tema de Desastres Socioambientais na Educação Básica através da Articulação entre UFRJ, Escolas Públicas e Museu De Ciências”, que integra o projeto de extensão Encosta Viva, vinculado à Escola Politécnica da UFRJ.

Representação, através de maquete, de aspectos naturais e antropogênicos de uma área de encosta

Tendo financiamento do CNPq, a oficina “Um dia a terra cai” será realizada entre os meses de outubro e novembro para cerca de mil alunos de 31 turmas do ensino fundamental. As atividades serão conduzidas por cinco alunos dos cursos de graduação em Engenharia Civil, Ambiental e Mecânica da Politécnica-UFRJ e outros quatro da Comunicação Social, Geografia e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, também da UFRJ, além de uma doutoranda do Programa de Engenharia Ambiental (PEA/UFRJ), sob a coordenação do professor do Departamento de Construção Civil da Politécnica-UFRJ, Marcos Barreto de Mendonça.

O conteúdo prevê a apresentação de conceitos de deslizamentos, riscos e desastres; tipos de solo; as causas naturais e humanas dos deslizamentos; a construção social do risco; como contribuir para reduzir o risco de deslizamentos; e o sistema de alerta. Além disso, a oficina terá uma etapa de interação com maquete, amostras de solo e uso de materiais para construção de pluviômetro artesanal.

“Vamos levar os alunos “monitores” das escolas para aulas em campo para discutirmos sobre os condicionantes dos deslizamentos; incentivar todos os alunos das escolas a perceberem e mapearem os riscos em suas comunidades; e promover a interação deles com instituições municipais envolvidas em gestão de risco; entre outras ações.”, revela o coordenador do projeto.

Segundo ele, “o objetivo é que estas práticas possam ser disseminadas para as diversas escolas públicas, principalmente próximas de áreas de risco. Caso uma escola se interesse, é só entrar em contato com a gente, que vamos tentar programar o atendimento. Mas, para isso, precisamos de mais estrutura e investimento”. Em 2022, há previsão de realizar a oficina na Escola Municipal Laudimia Trotta, na Tijuca.

O Projeto Encosta Viva nasceu corroborado pelas diretrizes internacionais de gestão de riscos, que indicam que sem a participação da população, não é possível alcançar uma redução de riscos eficiente. Com isso, busca realizar ações socioeducativas baseadas nos preceitos da interdisciplinaridade, intersetorialidade, interatividade, inovação, conexão com o mundo real, envolvendo ambientes formais e não formais de educação. Entre as instituições parceiras estão Espaço Ciência Viva, CNPq, Faperj e INCT Reageo.

Mais informações em: https://encostaviva.poli.ufrj.br/.

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Parceria da Politécnica-UFRJ e Crea-RJ agiliza obtenção de Registro Profissional

Publicado em: 30/08/2021 Escola Politécnica da UFRJ
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A partir das formaturas que acontecerão entre os dias 21 a 30 de setembro, egressos da Escola Politécnica da UFRJ passam a ter o Registro Profissional aprovado pelo Crea-RJ conjuntamente com a colação de grau. Será a primeira vez que o processo do Crea-RJ que agiliza a habilitação profissional e a obtenção do Cartão Provisório de Registro Profissional é oferecido para formandos da Politécnica. Para tanto, os formandos devem dar entrada no pedido de Registro Profissional de forma remota dentro das regras do projeto até o próximo dia 10.

As instruções sobre o procedimento foram apresentadas aos formandos em reunião que aconteceu no último dia 27, com participação do Supervisor de Formandos do Crea-RJ, Marcelo Tadeu Corrêa, a Diretora da Politécnica-UFRJ, profª Cláudia Morgado, do Diretor Adjunto de Ensino e Extensão, profº Edilberto Strauss, e da Chefe da Secretaria de Acompanhamento de Egressos, Ana Paula Duarte. A reunião foi gravada e o link está indicado no fim do texto.

“Não fosse a pandemia, os engenheiros recém-formados já sairiam da cerimônia com o Cartão Provisório de Registro Profissional no Crea-RJ. Como a colação de grau será remota, a análise e cadastramento no Sistema Confea/Crea levará em torno de três dias úteis, mas o importante é que todos os participantes do projeto sairão da formatura cientes que logo estarão habilitados para exercer a profissão de engenheiro, já com sua numeração. E a meta dentro deste cenário é que que todos estejam com o cartão em mãos até 20 dias após a formatura”, explica o Supervisor de Formandos do Crea-RJ.

A Chefe da SAE explica que a parceria com o Crea-RJ agiliza o processo e simplifica os procedimentos para os formandos, que ganham tempo e só precisam apresentar documentos pessoais no requerimento do Registro Profissional. A própria SAE, responsável pelos primeiros contatos com os formandos, se encarrega de antecipadamente informar ao Crea-RJ a relação de todos os alunos na condição de formandos.

O custo para solicitar do primeiro Registo Profissional é o pagamento de uma taxa de R$ 141,00 e o pagamento da primeira anuidade, cobrada proporcionalmente ao mês de associação. A anuidade atual é de R$ 580,00, mas há um desconto de 90% para ingressantes. Dessa forma, para os formandos registrados em outubro, a anuidade para o exercício de 2021 sairá em torno de R$ 15,00.

“Entendendo a pluralidade de perfis socioeconômicos da maioria das instituições de Ensino Superior, é importante que os formandos saibam que no futuro poderão dar pausa no registro, e suspender o pagamento da anuidade, sem custo extra, caso não estejam exercendo sua formação profissional”, acrescenta Marcelo Tadeu, Supervisor de Formandos do CREA-RJ.

Para obtenção da carteira profissional definitiva, em posse do Cartão de Registro Provisório Profissional, quando o egresso tiver em mãos seu diploma e histórico escolar da UFRJ, será necessário o agendamento de entrega presencial da documentação ao CREA-RJ para que seja submetido à análise no CONFEA em Brasília.

Para o diretor da DAEX, a parceria com o Crea-RJ facilita a aproximação dos formandos e engenheiros recém-formados ao órgão responsável pelo registro e fiscalização do exercício da profissão.

“A Escola Politécnica é responsável pela formação dos alunos, mas essa formação só se efetiva a partir do Registro Profissional, quando nossos engenheiros recém-formados são reconhecidos e têm sua responsabilidade assegurada junto ao Crea-Confea, podendo assim atuar, colocar em prática o que aprenderam”, comenta o profº Edilberto Strauss, diretor da DAEX.

Ele acrescenta que durante toda a graduação, a Escola Politécnica procura enfatizar a importância da aproximação do aluno com seu futuro profissional. “Estamos trabalhando em conjunto com o Crea-RJ na formação dessa consciência, tornando cada vez mais forte a conexão entre a formação e a atividade profissional.”

  • Link para assistir a reunião com apresentação dos procedimentos para obtenção do Registro Profissional de forma agilizada: https://youtu.be/GY_cl57UciQ
  • Quem tiver dúvidas sobre os procedimentos, deve procurar a SAE pelo e-mail sae@poli.ufrj.br.
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Politécnica-UFRJ disputa pela 2ª vez gincana virtual da Women in Nuclear (WiN)

Publicado em: 26/08/2021 Escola Politécnica da UFRJ
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Elaborar textos e campanhas informativas sobre a importância da energia nuclear no desenvolvimento sustentável e na luta contra as mudanças climáticas, de fácil linguagem, para que possam ser de entendimento de toda a sociedade, e não só por pessoas da área. Este é um dos desafios propostos à equipe Curieosos, assim batizada por alunos de projeto de extensão da Escola Politécnica da UFRJ, para a gincana “Stand Up For Nuclear”, evento virtual organizado pela Women in Nuclear (WiN), que vai até o dia 25 de setembro.

Nome, slogan e marca desenvolvidos pela equipe

Esta é a primeira vez que o evento possui uma participação mais interativa com os integrantes, mas é a segunda vez que a Escola Politécnica apoia a iniciativa mundial, através do Canal Irradiação – projeto conduzido pela coordenadora do curso de Engenharia Nuclear, a professora Andressa Nicolau.

A equipe teve que desenvolver um nome, um slogan e uma marca. “O nome da equipe é Curieosos, com o slogan “uma equipe radiante”. É um brincadeira com a palavra Curioso que colocando a letra ‘e’ forma a palavra Curie, em referência à Marie Curie, uma das maiores cientistas de todos os tempos e considerada a mãe da radiação. O slogan faz referência ao elemento Rádio, que foi descoberto por ela e seu marido Pierre Curie, que a fez ganhar o prêmio Nobel”, explicou Andrey Costa, que está no 10º período.

A partir de agora, os alunos terão que fazer comunicação efetiva sobre a área nuclear, aplicando os conceitos anteriormente discutidos no workshop sobre Comunicação Nuclear, algo que na opinião do aluno e membro da equipe Diego Nuzza estimula e ajuda em sua formação. “Esta atividade exigirá união de forças e troca de experiências sobre como desmistificar a tecnologia nuclear com webinars, publicações, conteúdo nas redes sociais, por exemplo, para mostrar à sociedade como ela está no dia a dia das pessoas e como é importante para o crescimento tecnológico. É um trabalho desafiador”, explicou Diego, que está no 5º período.

A equipe é formada por seis alunos da Escola Politécnica e um da Belas Artes da UFRJ. Sendo da Politécnica, Andrey Costa (10° período), Diego Nuzza (5º); Vinicius Monteiro (10º), Igor Monsueto (10º), Matheus Ribeiro Avellar (12°), João Gabriel Pinto (9º) e Filipe Costa (10º) da Belas Artes.

As melhores equipes serão escolhidas através de voto pelo site da organização: https://standupfornuclear.org.

Conheça o Canal Irradiação.

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Alunos e professores do GTA são destaque no SBRC 2021

Publicado em: 25/08/2021 Escola Politécnica da UFRJ
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O Grupo de Teleinformática e Automação (GTA), laboratório do Departamento de Engenharia Eletrônica e de Computação (DEL) da Escola Politécnica da UFRJ e do Programa de Engenharia Elétrica (PEE) da Coppe, está de parabéns pelo sucesso de alunos e professores no 39º Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (SBRC 2021), que aconteceu de 16 a 20 de agosto.

No alto, Pedro Cruz, Kaylani Bochie e Guilherme Araujo. Embaixo: Gustavo Camilo, Lucas Airam e Diogo Menezes

Quatro graduandos de Engenharia Eletrônica e de Computação em projetos de Iniciação Científica (IC) arremataram os prêmios de Melhor Artigo do SBRC e Menção Honrosa do WBlockchain/SBRC. Além disso, dois ex-alunos da graduação da Politécnica-UFRJ e doutores pelo PEE/Coppe, levaram os prêmios de Melhor Tese e Pesquisador de Destaque na área de Redes de Computadores – Prêmio Artur Ziviani SBRC 2021.

O SBRC é considerado o mais importante evento científico nacional em redes de computadores e sistemas distribuídos e um dos mais concorridos em informática. Para o professor titular do DEL Otto Carlos Muniz Bandeira Duarte, os recentes resultados em premiação dos alunos de graduação que cursam disciplinas da pós-graduação no GTA são significativos, pois recebem uma sólida formação e apresentam uma produtividade de pesquisa importante.

“Os trabalhos do GTA com alunos de graduação datam de mais de 30 anos, quando foi feito um investimento em fixar bons alunos de graduação, com coeficientes de rendimento acumulado alto, nas atividades de pesquisa do Programa de Engenharia Elétrica. O elemento fundamental sempre foi a proximidade e a integração da graduação com a pós-graduação. O resultado desta forte integração se mostrou excepcional gerando formação de recursos humano de alta qualidade”, orgulha-se o professor e pesquisador do GTA há três décadas.

Ele ressalta também a presença de alunos de graduação da Politécnica-UFRJ nas premiações do “Workshop em Blockchain: Teoria, Tecnologias e Aplicações (WBlockchain)” de 2020 e 2019”.

Trajetórias e pesquisas dos premiados

Pedro Henrique Cruz Caminha ganhou o prêmio de Melhor Tese, orientado pelos professores Luís Henrique Maciel Kosmalski Costa e Rodrigo de Souza Couto, resultante de pesquisa sobre redes de sensores móveis voltada para aplicações em cidades inteligentes. Ele ingressou no GTA como aluno de IC no final da graduação em Engenharia da Computação e Informação.

“Isso me ajudou a entrar na vida acadêmica com um olhar um pouco mais científico, um arcabouço um pouco mais sólido sobre o que é a atividade de pesquisa. Foi possível, inclusive, defender meu doutorado sem a defesa de mestrado”, conta.

No ano passado, ao fim do doutorado, Pedro Cruz foi contratado como engenheiro de pesquisa no Inria (o Instituto Nacional de Pesquisa em Informática e Automação da França). Lá ele também trabalha com pesquisa em redes de computadores. Está muito feliz com a premiação: “Demonstra uma relevância do trabalho no contexto dos grupos brasileiros de pesquisa em redes de computadores e sistemas distribuídos. É um reconhecimento importante para o início da minha carreira, mas também do trabalho dos meus orientadores.”

Com previsão de formatura em Engenharia Eletrônica e de Computação no fim deste ano, Kaylani Bochie diz que é extremamente gratificante receber o prêmio de Melhor Artigo no SBRC, especialmente como aluno de graduação. “Imagino que muitos alunos tenham dúvidas sobre a qualidade e sobre as contribuições de suas pesquisas. Então, receber o reconhecimento da comunidade é uma ótima forma de incentivar o nosso desenvolvimento.”

Ele conta que se tornou aluno de IC no GTA apenas no décimo período, após muita dificuldade na graduação. “Além do novo interesse pela pesquisa, o laboratório também ajudou a melhorar meu desempenho acadêmico. Por isso preciso agradecer ao meu orientador, o professor Miguel Elias Mitre Campista, pela confiança.” O título do trabalho que rendeu o prêmio de Melhor Artigo a aluno e professor é “Análise do Aprendizado Federado em Redes Móveis”.

Guilherme Araujo Thomaz, Gustavo Franco Camilo e Lucas Airam Castro de Souza, sob orientação do professor Otto Carlos Muniz Bandeira Duarte, formam o trio de graduandos de Engenharia Eletrônica e de Computação que recebeu Menção Honrosa no WBlockchain/SBRC com o artigo “Uma Análise Comparativa da Arquitetura e Desempenho de Plataformas de Corrente de Blocos Permissionadas para Contratos Inteligentes”.

Aluno do quarto período, Guilherme Araujo diz que a menção honrosa é resultado do aprendizado imenso que teve no GTA. “Esse foi meu primeiro artigo publicado e a menção honrosa é importante para minha trajetória, pois gera motivação.”
Já Gustavo Camilo, que está no 9º período e é bolsista de IC sob orientação do Prof. Otto Carlos há quase 3 anos, destaca que durante esse período no GTA teve contato com pesquisadores de diversos lugares do mundo e oportunidade de participar na publicação e submissão de múltiplos artigos em conferências nacionais e internacionais, além de participar em projetos de pesquisa de alto nível já na graduação.

“Pretendo concluir a graduação e ingressar no mestrado em breve e estes resultados me motivam para continuar a trabalhar nos projetos e temas de pesquisa e seguir o caminho acadêmico.”

Lucas Airam também em final da graduação de Engenharia Eletrônica e de Computação pretende cursar mestrado e doutorado. “Fiquei 4 anos de forma ininterrupta sob a orientação do Prof. Otto Carlos, que me motivou a cursar disciplinas da pós-graduação e despertou o meu interesse em pesquisas acadêmicas. A iniciação científica me proporcionou parcerias com diversos alunos brilhantes com alto desempenho acadêmico”, conta o pesquisador que já conta 20 publicações de trabalhos em congressos nacionais e internacionais, além de artigos submetidos para revistas que estão em processo de revisão.

Contemplado com Prêmio Artur Ziviani SBRC 2021, Diogo Menezes Ferrazani Mattos é professor da UFF desde 2018, associado aos laboratórios MidiaCom e LabGen. É graduado em Engenharia de Computação e Informação pela Politécnica-UFRJ, mestre e doutor pelo PEE/COPPE e foi orientado pelo Prof. Otto Carlos durante todo o percurso no GTA.

Segundo o site do SBRC 2021, o Prêmio Artur Ziviani busca reconhecer contribuições de jovens pesquisadores na área de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos que se destacam em nível nacional e internacional. E para Diogo Menezes, o prêmio é importante porque fomenta a visibilidade das pesquisas que realizou nos anos no GTA e no MidiaCom/UFF. “E outro ponto importante do prêmio é que é uma homenagem ao Artur Ziviani, que era pesquisador do LNCC e foi vítima da COVID-19. Artur também foi aluno de graduação, mestrado e doutorado do Prof. Otto Carlos.”

Diogo Menezes assinala que a trajetória no GTA foi muito importante para a formação dele como professor-pesquisador. “É um dos laboratórios mais reconhecidos na área de redes de computadores no Brasil.”

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Alunos da Ambiental trabalham em projeto para atender comunidades vulneráveis na América Latina

Publicado em: 25/08/2021 Escola Politécnica da UFRJ
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Os alunos de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da UFRJ Giovanna Cavalcanti, Juliana Chen e Bruno Pereira estão participando do curso “Rural Hydro-Energy Challenges in Latin America” (“Desafios Hidro-Energéticos Rurais na América Latina”), promovido pela Rede Magalhães, com a participação de professores de diversas universidades da América do Sul. O curso é dentro da área STEM (Science-Technology-Engineering-Mathematics) e orientado pelos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU.

Bruno Pereira, Juliana Chen e Giovanna Cavalcanti

Selecionados e orientados pela chefe do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Drhima), prof.ª Heloisa Firmo, e pela coordenadora do curso de graduação em Engenharia Ambiental, prof.ª Monica Pertel, os alunos terão até dezembro deste ano a missão de realizar um projeto voltado para atender questões de energia e abastecimento de água/saneamento em três comunidades diferentes, sendo elas: Nueva Venecia, na Colômbia; Huatacondo, no Chile; e Municipio de San Felipe, no México.

“Na atualidade, soluções hidro-energéticas para comunidades rurais são essenciais devido a eventos extremos, tensões hídricas e energéticas, além da fome, agravada pela pandemia e pela crise hídrica. Essas comunidades pequenas são as mais vulneráveis (dos pontos de vista social, econômico e ambiental) e frequentemente são esquecidas pelo poder público. Ao longo do curso, destaca-se a importância da construção das soluções com uma participação ativa da comunidade, de forma a entender melhor sua realidade e as necessidades dos moradores locais. Com isso, é possível manter o projeto por mais tempo.”, comentou Heloisa Firmo, que também é a chefe do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Politécnica-UFRJ.

A Rede Magalhães foi formada em 2005 para aumentar o intercâmbio acadêmico e a colaboração entre a Europa e a América Latina e o Caribe, e oferece valor agregado às universidades associadas como ferramentas eficazes de intercâmbio estudantil; intercâmbio sistemático de melhores práticas para a internacionalização e uma plataforma de relacionamento que pode ser utilizada para desenvolver projetos conjuntos entre as universidades associadas.

Desafios apresentados aos alunos da UFRJ:

Nueva Venecia – Comunidade pequena que mora em construções de palafitas. O projeto buscará resolver problemas com abastecimento de água (em qualidade e quantidade) e coleta/tratamento de esgoto.

Huatacondo – Região do deserto do Atacama, comunidade muito isolada. O projeto buscará solução para fornecimento de energia de forma renovável e que preserve a biodiversidade.

Municipio de San Felipe – Região de encontro de deserto com praia, cidade com alto potencial turístico. O projeto buscará soluções para fornecimento de energia e construções inteligentes

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Nautilus tem destaque na RoboSub

Publicado em: 24/08/2021 Escola Politécnica da UFRJ
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Em sua quinta participação na RoboSub, competição internacional de veículos autônomos submarinos – AUVs, a UFRJ Nautilus conquistou o 3º lugar na prova de “Paper Técnico” e boas colocações em outras três. A equipe formada por alunos da Escola Politécnica da UFRJ alcançou o 5º lugar no projeto de site, 6º em “Propulsion System”, e 14º em “Hull Design”. No total, a Nautilus conquistou US$ 500 em premiações.

Veículo autônomo submarino desenvolvido pela equipe UFRJ Nautilus

“Foi uma das competições mais difíceis em termos de escrever o paper técnico, porém com bastante organização, planejamento e esforço, nós conseguimos atingir o melhor resultado da equipe desde que foi criada. Estamos felizes e vamos trabalhar ainda mais para que nossa trajetória seja sempre de ascensão e ano que vem a gente possa chegar a resultados melhores”, avaliou Lara Figueiredo, capitã da UFRJ Nautilus.

Originalmente realizada presencialmente em San Diego, nos Estados Unidos, a competição apresentou aos participantes desafios enfrentados pela indústria marítima subaquática, como exploração oceanográfica e mapeamento, detecção e manipulação de objetos e identificação e rastreamento de dutos. Todas as provas desta edição foram realizadas de forma remota, em razão da pandemia, o que trouxe desafios para equipe e adoção de novas estratégicas.

Lara Figueiredo, capitã da UFRJ Nautilus

“Durante a competição, a maioria dos desafios que enfrentamos foi relacionada ao cenário atual da pandemia. Enquanto várias outras equipes podiam sair e se reunir para testar seus projetos, nós só tínhamos como nos comunicar online. Por isso, tivemos que focar mais do que nunca em chegar na “teoria perfeita”, até para poder minimizar a probabilidade de erro quando for possível montar o AUV realmente”, contou Lara, que contou com orientação do professor Claudio Miceli, do NCE/UFRJ.

A competição envolveu 53 equipes de 14 países, entre os quais EUA, Rússia, Índia e Canadá, competindo com uma ou mais equipes. A Robosub chegou a sua 23ª edição e esta foi a primeira que contou com outras equipes brasileiras além da Nautilus UFRJ. Participaram equipes da UFSC e da Unifei.

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Minerva Civil conquista 1º lugar em concurso do CBCA

Publicado em: 17/08/2021 Escola Politécnica da UFRJ
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A equipe foi desafiada a projetar um edifício de uso misto com 50 pavimentos, a ser construído na Av. Paulista, em São Paulo

A equipe Minerva Civil, formada por alunos de Engenharia Civil da Escola Politécnica da UFRJ, conquistou o 1º lugar no 3º Concurso do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), cujo tema para este ano foi “Edifício de múltiplos andares de uso misto”. Na edição passada desta competição nacional, também realizada de forma remota como esta, a equipe havia conquistado o segundo lugar. O pódio completo contou com a presença da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (2º lugar) e da Universidade Federal de Lavras (3º lugar).

A equipe foi desafiada a projetar um edifício de uso misto com 50 pavimentos, a ser construído na Av. Paulista, em São Paulo. Para Vinicius Augusto, líder do projeto e aluno do 5º período, uma das grandes dificuldades de se projetar um edifício desse porte é garantir a sua resistência aos esforços do vento. “Para isso, adotamos um núcleo rígido em concreto armado, tirando proveito das paredes das caixas dos elevadores e das escadas de incêndio”, destacou Vinícius, que contou com a orientação da professora Michèle Pfeil do Departamento de Estruturas.

Segundo o futuro engenheiro, a maior parte da estrutura foi concebida em estrutura metálica, conforme a proposta da banca. Com isso, buscou-se reduzir o número de pilares no edifício e propor uma obra eficiente, econômica e rápida.

“Extrapolando o projeto estrutural, tivemos uma preocupação com a concepção arquitetônica do edifício. Aprofundamos os usos da construção e realizamos uma concepção de projeto baseada em trazer mais vida e cores à região, sobretudo devido ao fato de que, se o edifício fosse efetivamente construído, seria um dos mais altos de São Paulo. Esse conceito se materializou na adoção de fachadas com painéis coloridos e de uma grande praça com telhado verde e espelhos d’água no terraço do embasamento”, ressaltou Vinícius.

Orgulhosa com o desempenho da Minerva Civil, a capitã Izabela Moura destacou a evolução da equipe desde a primeira edição do concurso: “Na primeira edição, em 2018, fomos finalistas. Já na segunda, em 2020, conseguimos alcançar o segundo lugar, e agora, coroamos esse processo de evolução, atingindo a primeira colocação em uma competição que envolve escolas de engenharia de todo o país”.

“A equipe demonstrou excepcional motivação na busca de soluções inovadoras e ousadas que permitissem superar os limites impostos por aspectos de configuração espacial, fabricação e montagem de estruturas de aço, além de surpreendente capacidade de aprendizado e realização. O projeto elaborado revela o profissionalismo dos integrantes da equipe ao abranger arquitetura, engenharia de projetos e construção de forma coordenada, e primar pela apresentação gráfica do material”, avaliou a professora Michèle Pfeil.

A equipe recebeu o prêmio de R$ 8 mil e receberá as principais publicações do CBCA de forma gratuita. Garantiu inscrições gratuitas nos cursos online da entidade e participação, sob a responsabilidade do CBCA, no 24º Encontro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutural (ENECE 2021), importante evento promovido anualmente pela Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE); e receberá também dois kits mola, que poderão ser expostos na biblioteca para a utilização dos alunos.

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CAMM: avaliação, feedback e apadrinhamento

Publicado em: 11/08/2021 Escola Politécnica da UFRJ
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No alto, a partir da esquerda: Pedro Bomfim, Larissa Fonseca, Amanda Gomes, Eduardo Brum e Kelen Barcelos. Embaixo, a partir da esquerda:  Milena Gonçalves, Jorge Lucas, Luiz Felipe Faria, Lara Castro e Maria Paula Nascimento

A Confraria Acadêmica da Engenharia Metalúrgica e de Materiais (CAMM) apresenta o diferencial de ser uma representação discente comum a dois cursos. Engenharias que formavam uma única graduação no passado e desde 2010 são cursos distintos na Politécnica-UFRJ. Mas os currículos desses cursos têm tantas matérias em comum que contam com um departamento único, o que justifica também a representação estudantil conjunta. Inclusive, uma das conquistas da CAMM foi a possibilidade de duplo diploma, que vigora desde 2017, para quem cursar os créditos dos dois cursos, tendo de cumprir apenas um estágio e apresentar só um projeto de fim de curso. 

Na entrevista a seguir, três integrantes falam sobre a atuação da confraria, com destaque para a interação de alunos e professores a partir de avaliação e feedbacks dos primeiros sobre os cursos e para o Programa de Apadrinhamento.  

Quando a CAMM foi criada e como funciona?

Milena Gonçalves: Foi criada em 2013, porém começou realmente a funcionar em 2016. A chapa atual foi eleita no final de 2020, mas conta com membros que estão na confraria desde seu início e também membros que entraram na atual gestão. Apesar da divisão de cargos, trabalhamos com um modelo mais próximo da autogestão, onde os cargos não são tão relevantes e as tarefas são distribuídas de acordo com a afinidade e disponibilidade dos membros.  (A composição da confraria está no final da entrevista.) 

Parte do time que está à frente da CAMM entrou no contexto da pandemia e alguns vieram de gestões anteriores, como você. Do que sente mais falta para o trabalho da confraria?

Milena Gonçalves: Temos cinco integrantes que estão há alguns anos na CAMM e seis que entraram no fim do ano passado. Eu sou uma das que já tem alguns anos de casa e com certeza a maior diferença está na interação com os alunos e professores. No período presencial conseguimos encontrar diariamente com todos nos corredores e o trabalho acabava sendo facilitado por isso, a difusão de informação era muito mais rápida. Além disso, a integração presencial é especialmente importante para os calouros.  

Dá para identificar algum aspecto positivo neste período de pandemia?

Pedro Bomfim: A pandemia traz consigo um ar paradoxal aos nossos relacionamentos. Por um certo ângulo, os alunos têm convivido muito mais entre si, através de videochamadas e mensagens, tanto durante as aulas como também em estudos ou na realização de trabalhos e atividades extras. Por outro lado, a ausência de contato presencial dificulta a formação de vínculos em atividades de lazer ou do cotidiano. Não há mais conversas de corredor, pausas durante as aulas para tomar um café, jogos de sinuca depois do almoço ou conversa nos coletivos a caminho de casa. De certa forma, é possível observar um estreitamento de laços entre os alunos de períodos próximos, ou que estão cursando as mesmas disciplinas, ao mesmo tempo em que ocorre um afastamento mais intenso entre os de períodos distantes. 

A CAMM está dando bastante ênfase para avaliação do curso ao final de cada período. Como tem sido esse processo?

Pedro: A ideia partiu inicialmente de um grupo de professores na primeira reunião de colegiado após o fim de 2020.1. Os professores estavam compartilhando entre si suas experiências pedagógicas e diferentes métodos utilizados nos períodos remotos quando perceberam que essa troca não faria muito sentido sem também algum tipo de devolutiva da parte dos alunos. A CAMM (que possui um membro representante no colegiado) prontamente se ofereceu para ajudar e dessa forma surgiu a iniciativa da coleta de feedbacks semestrais.

Inclusive, nas redes sociais, há dicas de como deve ser o tom do feedback.

Larissa Fonseca: Sim, as dicas para o feedback são para que não haja muita distorção das palavras dos alunos e elas sejam apresentadas na íntegra para os professores, mas também sem desrespeitar o professor e de uma maneira que o feedback seja efetivo, gerando uma mudança ou continuidade da ação tomada. O feedback geral é apresentado normalmente numa reunião de colegiado e comentários específicos sobre cada professor são enviados para cada um, via e-mail.

Pedro: A Larissa descreveu bem a importância da estruturação das proposições dos alunos, visto que elas são entregues na íntegra e de forma anônima. Os dados gerais coletados via Google Forms são utilizados para montar uma apresentação, com margem para interpretações tanto da parte dos alunos como dos professores. Já os feedbacks individuais dos docentes (positivos e negativos) são enviados via e-mail individualmente, para evitar qualquer tipo de constrangimento. Destacamos durante a apresentação como “menções honrosas” os comentários bastante positivos de alunos, numa tentativa de exaltar o bom trabalho de alguns professores e motivar outros.

Algum exemplo de efetividade das apresentações das avaliações e dos feedbacks individuais no dia a dia dos cursos?

Pedro: Uma queixa muito frequente da parte dos alunos era em relação à falta de organização de certas disciplinas, com a matéria não necessariamente bem dividida e aulas que iam até o último dia do período, ou até um pouco adiante. Em 2020.2 ouvimos relatos de alguns professores que apresentaram cronogramas completos no início do semestre, tentando atender essa necessidade.

Podemos dizer que alunos e professores têm feito esforço para superar desafios das aulas remotas?

Pedro: Como mencionei anteriormente ao falar de feedbacks, nós separamos os elogios para professores que fazem um trabalho excepcional nos períodos remotos e não são poucos. Tivemos desde professores que não possuíam ou tinham pouquíssimo contato com plataformas digitais se reinventando para dar aula, como também professores dando aulas extremamente integradas e bem montadas, com direito a gravações de aulas práticas de laboratório. Vale destacar também o esforço de alguns em tentar sempre ter uma abordagem mais humana durante a pandemia, visto que este tem sido um momento bem difícil para todos. Da parte dos alunos, podemos orgulhosamente falar da movimentação do nosso servidor semioficial da Metalmat no Discord, sempre com trocas muito interessantes via chat ou com salas de estudo de áudio ativas e preenchidas.

O Programa de Apadrinhamento também é uma iniciativa valorizada por vocês, como funciona?

Pedro: Anualmente a CAMM organiza uma cerimônia de apadrinhamento, onde calouros podem escolher um veterano para se tornar seu “padrinho acadêmico”. O padrinho é responsável por acompanhar e realizar uma tutoria, ajudando o aluno mais novo a conhecer melhor a faculdade, se integrar ao departamento e também dar dicas valiosas que só a experiência é capaz de proporcionar. 

Poderiam dar um exemplo de estudante apadrinhado? Vocês têm uma experiência de como foi útil ter sido apadrinhado?

Larissa: Sim, entrei em 2019, fui apadrinhada e hoje sou madrinha de duas alunas. A experiência é incrível, desde a confraternização para escolha de padrinhos até o suporte que não acaba quando você vira veterano. Minha madrinha sempre me ajudou a escolher os melhores professores e matérias para a minha formação, além de todo auxílio durante a minha jornada de conseguir liberação para estágio junto à Politécnica.

Pedro: Meu depoimento é de quem não foi apadrinhado no primeiro período. Entrei em 2017 no curso e, por imaturidade e falta de conhecimento, faltei ao apadrinhamento, achando que seria somente mais uma festa de calouros e veteranos. Durante o primeiro ano sempre tive que correr atrás de veteranos diferentes para tentar conseguir informações ou dicas, às vezes com um clima meio constrangedor por falta de intimidade. Me sentia um pouco frustrado por ver meus amigos recebendo uma atenção especial e perceber que tinha perdido esse momento. Em 2018 conheci meu atual padrinho, que havia acabado de retornar de um intercâmbio na França. Até hoje gosto de conversar e montar as minhas grades com ele. Recebi total apoio ao aplicar para o meu atual estágio e percebo que ele sempre está preocupado para que eu não repita alguns mesmos erros que ele.

Em relação aos veteranos, quais têm sido as reivindicações?

Larissa: Principalmente sobre o período remoto e as dificuldades de relacionamento com professores. 

Pedro: Muitos alunos ainda se queixam de modelos de provas muito restritos. As tradicionais provas escritas de duas horas não se encaixam bem nos modelos remotos, principalmente devido à instabilidade de conexão e energia comuns em nosso país. Apesar do feedback, alguns professores insistem nesse modelo, e as reclamações dos alunos são frequentes. Outra reclamação, de menor proporção, está relacionada a professores que não gravam ou permitem que gravem as suas aulas. Apesar de todos terem o direito de preservar a própria imagem, os alunos consideram que as aulas gravadas são um grande facilitador na rotina do ensino à distância.

A pandemia impôs o ensino remoto. O que acha que essa experiência diferenciada de estudo vai ou pode trazer para vocês como futuros profissionais?

Milena: Acho que o futuro tanto da educação quanto de alguns empregos será o modo on-line. Então, acredito que os períodos com aulas remotas irão agregar experiência caso isso ocorra. Estamos tendo que gerir melhor nosso tempo e prazos, organizar os estudos e lidar com imprevistos e problemas externos. Com certeza é uma pequena amostra do que podemos enfrentar mais pra frente. 

Muito trabalho e novos projetos para os próximos meses?

Pedro: Atualmente a CAMM tem intermediado alguns casos de insatisfações de turmas com disciplinas e está preparando algumas atividades de integração para calouros e veteranos. Dentre nossos projetos, está retornarmos com nossos informes mensais, atualizando o corpo discente sobre as principais medidas tomadas no colegiado e ações em prática da confraria.

Milena: E a partir de novembro começaremos a nos organizar para realizar o processo eleitoral em dezembro.

Há quanto tempo estão na CAMM, qual foi a motivação para participarem e o que acham que a experiência vai conferir a formação de vocês?

Milena: Estou há dois anos e meio. Entrei pela vontade de ajudar a mudar coisas que eu achava erradas no curso ou professores e auxiliar os alunos com seus problemas. Com certeza ganhei experiência de lidar e trabalhar em grupo, gerir um grande número de pessoas e atender uma grande demanda. Além disso, a proximidade com a coordenação me ensinou muito sobre como me portar e comunicar com posições de autoridade.

Pedro: Também entrei no primeiro semestre de 2018. Fui convidado por um veterano meu, atualmente ex-membro da confraria. Na época, achei a proposta interessante e me orgulho bastante da minha trajetória. Sem dúvida, a confraria me ajudou a ganhar maturidade. Saber ouvir os outros, se posicionar no momento certo e com as palavras certas são habilidades muito importantes e que são úteis não só no ambiente acadêmico, mas em todas as áreas da vida. As habilidades de comunicação e resiliência em geral são bastante aperfeiçoadas durante a participação nesse tipo de projeto.

Larissa: Estou na CAMM há sete meses e entrei com a motivação de ajudar a tornar o departamento melhor para os alunos. Acredito que a experiência vai ampliar minhas habilidades em comunicação, negociação e trabalho em equipe.

Composição da CAMM:
  • Diretora Geral: Milena Gonçalves dos Santos
  • Vice-diretor Geral: Pedro Bomfim Ramos
  • Diretor de Finanças: Getúlio Cícero Santos
  • Diretor de Ensino:  Jorge Lucas da Silva Freitas
  • Diretor de Comunicação: Luiz Felipe Faria Ricardo
  • Assessores de Finanças: Maria Paula Nascimento e Eduardo brum
  • Assessores de Ensino: Larissa Fonseca e lara Castro
  • Assessores de Comunicação: Kelen Barcelos e Amanda Gomes

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Notícias

CAEP: integração, pertencimento e foco no mercado

Publicado em: 11/08/2021 Escola Politécnica da UFRJ
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No alto, partir da esquerda: Izabella Gatto, Wytalo Sobrinho, Emmanuele Chiote e Suzan Trabulsi. Embaixo, a partir da esquerda: Remi Dupuis, Gabriela Sales e Pedro Saback

Em junho do ano passado, um grupo de alunos da Produção começou uma mobilização para criar oficialmente a Confraria Acadêmica da Engenharia de Produção (CAEP) – o que aconteceu em novembro. Segundo os integrantes da chapa “Um novo começo”, não foi fácil mobilizar o corpo discente em meio à pandemia. Mas um dos objetivos da CAEP é justamente aproximar e integrar os alunos e contribuir para criar um senso de pertencimento deles em relação ao curso, como assinala o presidente Remi Dupuis. 

Atualmente a confraria da Engenharia de Produção conta com ele na presidência, Suzan Trabulsi, na vice-presidência e um time de quatro assessores que se distribuem na atuação relativa às diretorias Acadêmica, Carreira e Empreendedorismo, Imagem e Comunicação, Inclusão e Eventos e Patrimônio e Finanças. Na entrevista a seguir, os integrantes da CAEP falam sobre o trabalho em desenvolvimento. 

A CAEP foi criada oficialmente em novembro em plena pandemia, quais foram as motivações?  

Izabella Gatto: Observou-se a vacância existente no relacionamento entre os alunos e os professores, departamento e instância superiores. Por isso, foi estudada a possibilidade de trazer de volta a confraria, que há alguns anos existiu na Engenharia de Produção. Mapeou-se os alunos que tinham interesse em participar e fez-se uma organização de cargos entre eles. Elaborou-se o estatuto da organização, que foi apresentado aos professores, representantes de outras confrarias e ex-alunos. Tendo a aprovação de todos, foi feita a Cerimônia de Oficialização da CAEP.  

Remi Dupuis: Complementando o que a Izabella disse, queria ressaltar que aproximar mais os alunos entre si e criar um senso de pertencimento com o curso foram motivos para muitos ajudarem a CAEP.

Gabriela Sales: Os alunos que ingressam na faculdade costumam manter um maior contato com aqueles que entraram no mesmo SISU. Um dos objetivos era provocar a unidade do curso como um todo, conectando os alunos de vários períodos, incentivando a troca de experiências. Também percebemos que com a entrada de calouros no meio da pandemia, eles ficariam ainda mais perdidos com a quantidade de informações novas. 

Suzan Trabulsi: E sempre pensando em contribuir de alguma forma para a excelência acadêmica do curso, o pilar acadêmico é forte na CAEP.

Já houve representações de alunos da Produção, confrarias informais em outras épocas. Por que só recentemente foi formalizada?

Remi: O fato de ser uma iniciativa oficial não nos garante tantas vantagens assim. Acredito que preferiram, com razão, concentrar seus esforços na execução de outros projetos. No nosso caso, a oficialização serviu para dar mais estrutura à CAEP. Pois com ela, vem uma responsabilidade junto ao curso, que faz com que não abandonemos a ideia facilmente.

Suzan: A nossa busca por uma formalização foi bem em linha com o aprendizado tido com os fundadores iniciais que focaram muito seus esforços no “hoje” e como melhorar o curso, uma visão de curto prazo. E nós estamos buscando garantir a longevidade primeiro, com uma visão de médio prazo, para posteriormente pensarmos no “hoje”.

Como foi mobilizar os alunos para uma eleição no contexto da pandemia? 

Remi: Foi bastante difícil. Muitos de nós nunca tinha se visto presencialmente e, além disso, a maioria estava bem sobrecarregada com o encurtamento dos períodos letivos para 12 semanas.

Suzan: Além disso, havia a dificuldade de mobilização por meios virtuais. Então, como apresentar a proposta da chapa e mobilizar os colegas de curso na votação?

Como é a divisão das responsabilidades na prática dentro da confraria? Além da diretoria há alunos que participam sem terem sido eleitos?

Remi: Na prática, para nossa gestão, o sistema de diretorias não foi efetivo. Assim, aprendemos a dividir nossas ações em projetos que diferentes membros executam sem passar pela “hierarquia” das diretorias.

Suzan: Esse formato reduziu a verticalização da confraria e vem nos possibilitando maior agilidade e qualidade na execução.

Um dos objetivos da CAEP é fazer uma ponte da faculdade com o mercado de trabalho? 

Remi: Queremos ser mais ativos, mas o que temos feito é falar um pouco sobre as diferentes áreas da Engenharia de Produção para os calouros e, futuramente, pretendemos tentar aproximar o curso de tecnologia e programação, a partir da promoção de pequenos hackathons.

Suzan: Esse pilar é importante para os alunos da Engenharia de Produção, mas esbarramos em dificuldades do período remoto.

Como atuam em prol da diversidade e inclusão?

Wytalo de Oliveira Sobrinho: A área de diversidade e inclusão começou tendo como objetivos principais informar sobre assuntos que não são tratados habitualmente e também acolher a maior variedade de nichos, para gerar a sensação de pertencimento nos alunos. Atualmente temos dois membros voltados ativamente na execução do projeto, mas as ideias são compartilhadas por mais membros para que a criatividade não fique restringida à uma dupla. Por ser recente, as publicações nas redes sociais têm tido um feedback baixo, porém crescente, que com o tempo e a divulgação correta tende a aumentar.

Suzan: Acho importante falarmos um pouco do surgimento da frente. Em um curso de engenharia no qual tais pautas sociais são pouco debatidas, mas que são exigidas no mercado de trabalho, é importante o desenvolvimento de tais competências. Então, pensando nisso, criamos essa frente de conteúdo.

O que é mais delicado ou difícil neste momento para o corpo discente da Produção?

Emanuelle Chiote: Considero a socialização como o aspecto mais delicado para nós, porque é bem mais difícil criarmos laços de amizade e integração geral nas turmas já que não estamos próximos fisicamente. Além disso, o espaço da aula on-line não permite que o professor conheça cada um de seus alunos propriamente e por não haver momentos descontraídos, onde a conversa vá além do assunto da matéria, a relação entre os estudantes e professores é distante. Dessa forma, a comunicação entre as duas partes é dificultada, o que prejudica o processo de aprendizado. O que considero estar sendo mais difícil para a maioria é lidar com a enorme quantidade de atividades e aulas assíncronas vinculadas às disciplinas, que junto às aulas síncronas somam uma carga horária pesada.

Acreditam que precisam dar atenção especial aos calouros que ingressaram durante a pandemia?

Remi: Sim, é um dos nossos maiores desafios e preocupações. 

Suzan: Se não atuarmos no acolhimento e onboarding, a taxa de evasão tenderá a aumentar e não estaríamos contribuindo para a missão da Escola Politécnica da UFRJ de formar excelentes profissionais.

E em relação aos veteranos, quais são as reivindicações do momento? 

Remi: Há muitas queixas e dúvidas sobre a burocracia, dificuldade de conseguir vagas nas disciplinas. Além disso, nas questões mais políticas como a nova resolução de estágio ou regras sobre o ensino remoto, a CAEP busca entender a situação do curso para melhor representá-lo junto ao CAEng e outras instituições ou grupos.

Como tem sido a comunicação com o corpo discente? Estão interagindo bem com vocês?  

Remi:  Utilizamos o WhatsApp e o Instagram como principais meios de comunicação. Acredito que a maioria já conhece a CAEP, pois frequentemente me procuram com alguma dúvida ou problema. Três a quatro vezes na semana, pelo menos.

Algum aspecto do curso está mais sacrificado em função da pandemia? 

Suzan: A Engenharia de Produção sempre se destacou pela grande formação fora da sala de aula com os trabalhos de campo e, naturalmente, com a pandemia esses trabalhos foram modificados, havendo uma menor carga prática do conteúdo.

Acreditam que a experiência desses períodos com aulas remotas pode contribuir positivamente para formação de vocês?

Remi: Ainda não vejo pontos positivos do ensino remoto pensando no longo prazo.

Suzan: Acho que com a pandemia tivemos que nos reinventar, descobrir um novo modelo de estudo no ambiente residencial, a lidar e evitar distrações assistindo às aulas no ambiente doméstico. E como engenheiros temos que pensar em como resolver problemas e sair da zona de conforto. Certamente a pandemia vem sendo um primeiro teste para tal.

Já tinham participado de alguma entidade de representação estudantil antes? O que os motivou e o que esperam da experiência à frente da CAEP?

Remi: Estou no 5° período e antes da CAEP fiz uma iniciação científica, monitoria e atuei na Fluxo Consultoria. O que mais me motivou a criar a CAEP foi poder devolver algo concreto para o curso e à UFRJ, ajudando os alunos e, principalmente, aproximando os alunos entre si para criar um senso de comunidade mais forte no curso. 

Suzan: Estou no 7° período, também fiz uma iniciação científica e atuei no UFRJ Consulting Club. O que mais me motivou a criar a CAEP foi a oportunidade de contribuir ativamente para a melhoria do ecossistema do curso de Engenharia de Produção da UFRJ, além da liderança naturalmente desenvolvida com a responsabilidade da vice-presidência. 

Quando será a próxima eleição? Até quando vocês ficam à frente da confraria? Estão se movimentando em relação a isso?

Gabriela: O período de atuação da gestão atual se encerra em outubro e após teremos novas eleições. Estamos buscando analisar quem demonstra interesse de continuar à frente da equipe e incentivar a entrada de novos membros. 


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Novo site da Politécnica: organização voltada a serviços

Publicado em: 11/08/2021 Escola Politécnica da UFRJ
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O site da Escola Politécnica da UFRJ foi reformulado e está de cara nova. A ideia é melhorar a experiência do usuário na plataforma, facilitando a localização das informações e serviços mais relevantes, com tecnologias modernas e novas funcionalidades. Além disso, o novo site conta com espaços exclusivos para estudantes, técnicos e docentes, e respeita todas as exigências da Lei de Acesso à Informação e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

“Foi uma atualização estética que melhora a legibilidade do site de um modo geral, além de incorporar a nova programação visual da Politécnica”, aponta o vice-diretor da Politécnica-UFRJ, prof. Vinícius Cardoso, responsável pelo grupo de trabalho instituído para conceber e implantar o novo site, composto pela Coordenadoria de Comunicação (CoordCom), pelo Setor de Tecnologia da Informação (STI), e pela Piloti, empresa de desenvolvimento do portal. 

Além da repaginada do layout do site, o vice-diretor destaca a mudança no seu conceito de organização, migrando de um princípio de organização temático e organizacional para uma orientação voltada a serviços. “Em vez de expor as informações, conforme nossa própria estrutura organizacional as detêm, passamos a expô-las de acordo com o uso que se pretende dar a elas, ou seja, conforme o serviço que elas podem prestar aos usuários”.

O vice-diretor explica que a partir de agora o site conta com uma evidente simplificação das páginas, a começar pela página principal (homepage). “O volume e variedade de informações foi intencionalmente reduzido, dando agilidade no carregamento e na absorção do conteúdo, promovendo uma experiência mais leve e ágil aos usuários, sem aumentar necessariamente o número de cliques necessários para chegar ao que de fato lhe interessa”.

Transparência da informação

Novas opções foram incluídas na barra de menu do site, entre elas a do Governo Federal, o link para a Ouvidoria da UFRJ (hoje integrada ao Fala.BR da CGU), e um FAQ (perguntas mais frequentes), além de um sistema de atendimento virtual unificado e com controle automático de ticket, que dará maior agilidade e transparência no atendimento em si, e nos indicadores de eficiência do atendimento.

“Percebemos que a transparência ativa vai além de um mero cumprimento de regras, tratando-se na verdade de uma postura permanente, de uma atitude de revelar antecipadamente tudo que possa ser do interesse público, sem ofender ou impor risco a particulares ou ao serviço público. A partir da compreensão da necessidade desse comportamento proativo, ficou mais fácil definir o que deveria ou não entrar no site em termos de conteúdo”, analisa o vice-diretor.