Representando a Escola Politécnica da UFRJ, a equipe CSI Partners, formada pelos alunos de Engenharia de Produção João Pedro Antunes, Juliana Antunes, João Pedro Côrte e Eduardo Ferreira, conquistou o primeiro lugar no VC Challenge, a maior competição de capital de risco e startups do Brasil. Após se destacarem entre 900 estudantes de todo o país, a equipe se consolidou como uma das mais promissoras no ecossistema de inovação. Organizada pela KPTL – uma das líderes em venture capital na América Latina, e com apoio da Rede Gazeta, a competição – que chegou ao fim no último dia 5 de novembro, reuniu as melhores ideias e soluções para o futuro das startups.
Ao longo de dois meses de intensa imersão no ecossistema de inovação e investimentos, os participantes vivenciaram desafios práticos e participaram de aulas especializadas e mentorias com grandes nomes do setor. A competição ofereceu aos alunos não só a chance de aprimorar suas habilidades, mas também a conquista de prêmios valiosos, como ingressos para o Web Summit Rio, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, além de estágios na KPTL.
O projeto vencedor apresentado pelos alunos da Escola Politécnica trouxe as lacunas existentes no setor da construção civil e propôs soluções inovadoras com potencial de impacto significativo no mercado, sendo ele estruturado em dois recortes principais: de investidor e de empreendedor, ambos acerca da startup Webphy.
No primeiro, a equipe construiu uma tese de investimento, pautada numa avaliação proprietária do grupo sobre a startup, concluindo que fazia sentido investir, em uma rodada de investimento seed (rodada de investimento indicada para projetos já validados, que buscam a confirmação do modelo de negócio na prática e início da fase de expansão). A análise do grupo foi baseada principalmente na identificação de diferenciais competitivos relevantes para atacar uma das principais dores do setor de construção civil: a falta de produtividade.
No recorte do empreendedor, o grupo apresentou um planejamento estratégico detalhado com frentes de curto, médio e longo prazo, para o crescimento com geração de valor da Webphy. A proposta envolveu um pitch de captação de R$ 10 milhões em uma rodada de Série A (indicada para negócios que já alcançaram o mercado almejado e buscam tração para atingir novos consumidores ou lançar novos produtos), com planos de expansão no Brasil e na América Latina, além de uma análise das possíveis vias de saída, que indicam uma oportunidade significativa a partir de 2034, especialmente com um player de tecnologia ligado à gestão de obras.
“O projeto nos permitiu emular o trabalho de um fundo de venture capital, desde a decisão de investimento até o processo de aceleração e, por fim, a saída da startup. Planejamos aprofundar nosso contato com os c-levels da Webphy e discutir a aplicação das nossas propostas no planejamento da companhia. Além disso, conseguimos contribuir para a análise da KPTL sobre a startup e, assim, contribuir diretamente à gestora”, avaliou Juliana, que é aluna do quinto período de Engenharia de Produção, e que recebeu como prêmio, juntamente com os outros alunos, uma oferta de estágio de verão em São Paulo, para atuar diretamente no fundo de investimento.
“Ter colocado a Escola Politécnica no lugar mais alto é muito significativo. Também acredito que essa vitória simboliza o reconhecimento de todo o esforço dedicado ao projeto e uma validação prática do conhecimento adquirido nas aulas e atividades extracurriculares da UFRJ. Tivemos a oportunidade de aplicar aprendizados valiosos, como habilidades de pesquisa e a elaboração de projeções financeiras, conectando teoria e prática de forma significativa”, celebrou a aluna.