Professor da Politécnica-UFRJ reforça a importância da qualidade da infraestrutura de esgotamento sanitário das cidades
Publicado em: 29/07/2022
Escola Politécnica da UFRJ
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O professor da Escola Politécnica da UFRJ Isaac Volschan participou do FITS ÁGUA 2022 – Fórum Global de Inovação e Tecnologia em Sustentabilidade, com o propósito de debater o uso, a gestão sustentável, e principalmente, as estratégias de captação de água em tempo seco no Estado do Rio e no Brasil. O evento aconteceu nos dias 20 e 21 de julho, na sede da Fecomércio RJ.
Volschan, que dividiu a bancada do painel “Visão conjunta e complementar de drenagem e coleta – tratamento”, com os professores da Coppe/UFRJ Jerson Kelman e Paulo Canedo, e da FGV Luiz Firmino, enfatizou que “cidades com serviços de esgotamento sanitário pouco eficientes, tendem a poluir e contaminar mais as bacias d’água, comprometendo assim futuras utilizações e prejudicando o índice de desenvolvimento humano”.
De acordo com o último relatório da ONU sobre o desenvolvimento dos recursos hídricos, muitas regiões do Brasil ainda enfrentam a escassez econômica da água, por conta da falta de infraestrutura, apesar do avanço de 1% ao ano no consumo de água doce. E isso em um horizonte cuja previsão de crescimento no consumo é de quase 25% até 2030.
“Infelizmente, esta é a realidade de diversos centros urbanos do nosso país e do mundo. E, a discussão técnica acerca da pertinência e viabilidade da estratégia de interceptação de esgotos sanitários em sistemas de drenagem pluvial e de transferência dos mesmos para o sistema separador absoluto é oportuna”, comentou o professor, que integra o Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Politécnica-UFRJ (Drhima) e também assina artigo sobre o assunto.
Organizado pelo Centro Global de Inovação e Tecnologia em Sustentabilidade (CITS), o FITS ÁGUA deste ano lançou seu olhar para a água em cenários distintos, mas integrados, como: Água e Energia; Agendas Nacional e Mundial dos Recursos Hídricos; Gestão Sustentável da Água, visando à Preservação, Eficiência e Segurança Hídrica; ESG; Gestão Costeira; Cidades Azuis e projetos de inovação e tecnologia sustentáveis.
Programação prevê painéis, apresentação de trabalhos e rodas de conversa
Publicado em: 28/07/2022
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Programação prevê painéis, apresentação de trabalhos e rodas de conversa
Investir em inovação é apostar no desenvolvimento da sociedade e no bem-estar de sua população. Por isso, a UFRJ tem como uma de suas metas a criação e disseminação de tecnologias inovadoras. No dia 1º de agosto, das 9h às 18h, será possível ter uma amostra dos projetos desenvolvidos pela universidade, durante o Dia da Inovação. O evento, que será realizado na Inovateca do Parque Tecnológico da UFRJ, contará com apresentações de representantes de instituições que investem no saber e no empreendedorismo, e de projetos de estudantes de mestrado e doutorado.
O Dia da Inovação começará com a participação da reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, que mostrará as instalações que acolhem os projetos e atividades de inovação e empreendedorismo. Na sequência, duas mesas de discussão vão tratar das estratégias e do panorama da inovação no Rio de Janeiro e no Brasil. Fechando a manhã, uma discussão sobre a conexão entre indústria, universidade e centros de pesquisa.
Na parte da tarde, o evento “MAI/DAI – UFRJ” contará com a apresentação de 20 estudantes de mestrado e doutorado, que irão mostrar o resultado parcial de seus projetos, realizados junto a empresas, e que serão debatidos por especialistas. São projetos com o selo da inovação, nas áreas de Química, Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos, Bioquímica, Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos, Clínica Odontológica, Nutrição e Design.
O programa MAI/DAI é uma ação coordenada entre a Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR2), a Agência UFRJ de Inovação e o Parque Tecnológico da UFRJ. A programação “Perspectivas de fomento para Inovação” conta com organização e participação da UFRJ (Escola Politécnica, Agência de Inovação Tecnológica, Parque Tecnológico) e Firjan.
Serviço:
Dia da Inovação
Data: 1º de agosto, das 9h às 18h.
Local: Inovateca (Rua Aloísio Teixeira, 564, Parque Tecnológico da UFRJ), Parque Tecnológico da UFRJ – Campus do Fundão.
Publicado em: 18/07/2022
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A UFRJ Nautilus deu um passo importante no desenvolvimento de drones autônomos. A equipe, formada por alunos da Escola Politécnica e de outras unidades da UFRJ, conquistou a 12ª posição em competição da Conferência Internacional sobre Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas. Realizada pela primeira vez, a prova aconteceu no dia 31 de junho, remotamente, e contou com a participação de mais de 50 equipes representando universidades da Europa, da Ásia e das Américas, entre elas as brasileiras Unifei e a UFMG.
Os estudantes foram desafiados a criar drones para o combate a incêndios no ambiente urbano, que precisavam se movimentar por um ambiente com obstáculos feitos em simuladores, detectar um incêndio e planejar uma trajetória para entregar uma bola extintora de incêndio.
A equipe da UFRJ competiu com o projeto Harpia, que ainda não está pronto fisicamente, mas pode ser usado em ambiente virtual. Segundo o capitão da Nautilus, Victor Prado, foram utilizados quatro algoritmos principais na criação: desvio de obstáculos, reconhecimento do alvo, estimativa da posição do alvo e cálculo da trajetória balística.
“Cerca de 70% das equipes inscritas não conseguiram pontuar na competição, em razão da dificuldade do desafio. Cometemos erros, mas conseguimos pontuações relevantes em determinadas etapas, entre elas as que mediam o quão próximo a bolinha chegou ao alvo. Para a próxima edição, utilizaremos ferramentas melhores e contaremos com a participação de mais membros para o desafio”, avaliou o capitão da equipe.
Neste mês, a UFRJ Nautilus se prepara para sua mais importante competição do ano, a Robosub, desafio para veículos autônomos submarinos – AUVs, que será realizada nos Estados Unidos, entre os dias 27 de julho e 2 de agosto. Esta será a sexta participação da equipe, que no ano passado conquistou o 3º lugar na prova de “Paper Técnico” e boas colocações em outras três.
Publicado em: 18/07/2022
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Dezoito egressos da Escola Politécnica da UFRJ foram aprovados no concurso da Eletrobras Termonuclear S.A – Eletronuclear. O resultado foi publicado no dia 30 de junho.
A seleção foi feita através da aplicação de provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, constituída de 60 questões de múltipla escolha, sendo 25 questões de Conhecimentos Básicos e 35 questões de Conhecimentos Específicos.
Confira a lista dos aprovados, que atuarão nas unidades da Eletrobras Termonuclear S.A – Eletronuclear em Angra dos Reis e no Rio de Janeiro:
Aline Saddock de Sa Silva – Eng. Nuclear Morgana Werneck Capodeferro – Eng. Ambiental Ruan Vitor Ribas de Aragão – Eng. Civil Thiago Padilha da Silva – Eng. Nuclear Bruno Bassani Barreto – Eng. Produção Pedro Andrade Maia Vinas – Eng. Nuclear David Araujo Barbosa Vasconcelos Goes – Eng. Nuclear Vicente Carlos Melo da Silva – Eng. Nuclear João Adolpho Victorio da Costa e Costa – Eng. Elétrica Gustavo Cezimbra Borges Leal – Eng. Elétrica João Paulo Innocente de Souza – Eng. Mecânica Raphael José de Sousa Coviello – Eng. Mecânica Marcio Velasque Penido – Eng. Mecânica Anderson de Farias Pereira – Eng. Metalúrgica e de Materiais Rodrigo Costa Diniz – Eng. Nuclear Beatriz Machado dos Santos – Eng. Nuclear *Flavio Assumpcao de Castro – Eng. Mecânica *Fernando Barbosa Monteiro Girao – Eng. Eletrônica e de Computação
Publicado em: 14/07/2022
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Após conquistarem o 5º lugar no Regional Qualifiers, em junho, no Panamá, a equipe Petroteam, formada por alunos do curso de Engenharia de Petróleo da Escola Politécnica da UFRJ, retornou ao Brasil com uma das vagas garantidas para o Petrobowl Championship, que será realizado em Houston, nos Estados Unidos. A UFRJ é a única campeã mundial entre as universidades da América do Sul e Central e buscará pela segunda vez o título.
Organizado pela Society of Petroleum Engineers (SPE), o Petrobowl funciona no estilo “quiz de conhecimento”. Em ritmo acelerado e dinâmico, equipes de diversas universidades da América do Sul e Caribe são desafiadas a responderem com rapidez perguntas técnicas e não-técnicas, relacionadas à indústria de petróleo. A equipe que alcançar a melhor pontuação, vence a competição.
“Desde o retorno do Panamá, intensificamos ainda mais a rotina de estudo, dando cada vez mais foco para as áreas de machine learning e energias renováveis, que foram o grande diferencial no classificatório. Acredito que chegaremos ao topo novamente, pois estamos nos preparando bastante para representar a UFRJ”, garantiu Felipe Tiba, capitão da equipe – que é coordenada pelo professor Rafael Charin.
Tiba também destacou que será uma oportunidade única de se fazer networking com estudantes do exterior: “Está sendo uma das melhores experiências. A possibilidade de encontrar pessoas de países diferentes, que vivem culturas e rotinas distintas das quais estamos acostumados, mas que possuem o mesmo propósito, que é de se tornar um engenheiro de petróleo, é algo gratificante e enriquecedor.”
Os alunos Breno Bilar de Andrade, Douglas Silva de Almeida, Lucas de Lima Felix e Nayana Campos Oliveira, além de Felipe Tiba, embarcam no dia 1º de outubro para os EUA. Se vencerem o mundial, levam o prêmio de 5 mil dólares.
Publicado em: 04/07/2022
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A professoras da Escola Politécnica da UFRJ Alessandra Conde e Gisele Silva Barbosa assinam capítulos da segunda edição do livro “Gestão ambiental e sustentabilidade em áreas costeiras e marinhas: conceitos e práticas”, do Instituto Virtual para o Desenvolvimento Sustentável – IVIDES. A obra, lançada nesta sexta-feira (1/7), inclui 29 capítulos e conta com a participação de 100 autores e 20 revisores.
Nos capítulos, as coautoras da Politécnica-UFRJ buscam apresentar abordagens metodológicas e práticas educativas que possibilitem aos diversos participantes envolvidos, sejam estudantes, população afetada, pesquisadores, defesa civil, gestores ou empresários, atuar colaborativamente pela redução do risco de desastres.
Palestra da professora Alessandra Conde sobre os capítulos assinados por ela no livro
“A ideia é que os participantes sejam responsáveis pela qualidade do que é produzido em conjunto e pela integração de esforços, troca de saberes e experiências e ainda, pela colaboração para construção do conhecimento”, destacou Alessandra Conde, que foi uma das coautoras selecionadas para palestrar no workshop de lançamento da publicação, transmitido pelo canal do IVIDES no YouTube.
O livro concentra trabalhos em diversas áreas temáticas, voltadas para o gerenciamento costeiro integrado e à gestão ambiental das áreas costeiras, dada a complexidade de seu conjunto de aspectos ambientais e socioeconômicos e o adensamento populacional característico desta região. A leitura da obra está disponível aqui.
Conheça os capítulos assinados pelas professoras da Politécnica-UFRJ:
Publicado em: 01/07/2022
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Evento trouxe ao público a ópera “O Engenheiro”, de Tim Rescala, e mesa-redonda sobre a história do primeiro engenheiro negro do Brasil
“Um engenheiro que encarnou o espírito do verdadeiro engenheiro politécnico”, assim definiu a diretora da Escola Politécnica da UFRJ, Cláudia Morgado, a trajetória de André Rebouças durante mesa-redonda que tratou de um dos grandes engenheiros brasileiros da época do Império e um dos principais abolicionistas de seu tempo. A vida de Rebouças — primeiro engenheiro negro do país, foi amplamente destacada em programação realizada no início de julho, no Centro de Tecnologia.
Na tarde do dia 5, aconteceu a mesa-redonda “André Rebouças: um homem além do seu tempo”, com o objetivo de debater temas como igualdade, liberdade, cidadania, história e cultura afro-brasileira, além de tratar dos importantes aspectos da vida do engenheiro, especialmente sobre as suas influências na Engenharia. O bate-papo teve a participação da bibliotecária e pesquisadora do grupo GEORGEA/CNPQ, Nanci Simão da Rocha; do diretor da Escola de Música da UFRJ, Ronal Silveira; com moderação da diretora da Politécnica-UFRJ, Cláudia Morgado; além de contar com apresentação de trechos da ópera “O Engenheiro”, com os barítonos e mestrandos em canto pela UFRJ, Paulo Maria e Tiago Cirino.
Mesa-redonda “André Rebouças: um homem além do seu tempo” | Foto: Divulgação
“Ele era a prova viva da excepcionalidade de uma pessoa. Uma figura emblemática, não só na Engenharia, mas também na história do país, sendo lembrado sempre por suas obras e seus feitos”, comentou a diretora da Politécnica, que em sua apresentação lembrou de uma de suas maiores e mais ousadas obras de Engenharia, a construção da Ferrovia Paranaguá-Curitiba, com um trajeto de 108 km, ligando a capital paranaense à cidade de Paranaguá, onde está localizado um dos principais portos da região sul do Brasil.
Em discurso emocionante, Nanci apresentou um acervo raro do “Dr. André” –- como ela gosta de chamá-lo, com documentos e trechos de livros, que traziam aspectos sobre o papel de André Rebouças naquela época. Entre eles, um livro que mostra a relação dele com advogados abolicionistas norte-americanos, que pode ser encontrado no Clube de Engenharia; e um texto assinado pelo engenheiro para inauguração de um novo curso para mulheres no Liceu de Artes e Ofícios.
“Em 2013 comecei a estudar este ilustre personagem, que travou uma luta para o compartilhamento de informação, educação, liberdade e igualdade. É emocionante poder falar de um homem tão necessário nos dias de hoje e de alguém que me despertou o interesse por acervos raros e divulgação da sua história”, destacou a bibliotecária.
Já no dia 6, o auditório Horta Barbosa recebeu a ópera “O Engenheiro”, de Tim Rescala. A trama fala sobre a proximidade de André Rebouças com a Família Real e a sua atuação nos bastidores do emblemático 15 de novembro, com abordagem da visão do engenheiro sobre a escravidão, das reações conturbadas ao acontecimento, até seu exílio.
Imagens do espetáculo “O Engenheiro” | Foto: Nadejda Costa
A sobrinha-bisneta de André Rebouças, Ana Maria Enout Rebouças, acompanhou a ópera e se disse honrada pelo convite. “Fiquei satisfeita com o que vi, principalmente por manterem essa memória viva. Foi um espetáculo bonito e que certamente comoveu as pessoas”, contou.
Ao lado de Machado de Assis e José do Patrocínio, André Rebouças foi um dos representantes da pequena classe média negra em ascensão no Segundo Reinado e uma das vozes mais importantes em prol do abolicionismo no Brasil. Ao lado de Joaquim Nabuco e outras importantes figuras, ajudou a criar a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.
A obra teve direção musical de Inácio de Nonno, direção cênica de José Henrique Moreira e direção de movimento de Marcellus Ferreira. O espetáculo contou com a participação da Orquestra Sinfônica da UFRJ, com regência de André Cardoso, Diana Sosa e Rafael de Miranda. A direção geral é dos professores Andrea Adour, Homero Velho e Lenine Santos.
Tecnologia em prol de um melhor espetáculo
Na ocasião, o professor da Escola Politécnica Fernando Castro Pinto gravou o espetáculo utilizando uma tecnologia desenvolvida pelo Laboratório de Acústica e Vibrações (Lavi). O equipamento faz medições relacionadas à acústica, que reproduzem a forma com que a pessoa escuta. “Posso colocar o microfone para gravar o som, mas quando você está escutando, na verdade, o seu corpo está interferindo no campo acústico. Uma forma de você gravar isso com maior fidelidade para reprodução ou análise posterior, é com o uso de torsos de medição”, explicou o professor.
Segundo ele, trata-se de um aparelho que pode ser usado com um custo mais acessível para pesquisas e outras aplicações, entre elas na indústria automotiva e aeronáutica, se comparado a opções vendidas pelo mercado. “Com a gravação deste espetáculo podemos demonstrar as diferenças de acústicas nos ambientes em que são feitas as apresentações. Através das métricas, podemos acertar a acústica das salas e com isso melhorar a qualidade do espetáculo oferecido ao público”, concluiu.
Publicado em: 28/06/2022
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O professor da Escola Politécnica da UFRJ Luís Marcelo Tavares e o egresso Túlio Moreira Campos foram contemplados com o Prêmio Vale 2022 de Reconhecimento Técnico da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) por artigo que demonstra oportunidade de aumento de eficiência energética na prensagem de pellet feed previamente à produção de pelotas de minério de ferro. A solenidade de premiação aconteceu no dia 7 de junho, durante o ABM Week 2022, em São Paulo.
Na foto, o professor da Politécnica-UFRJ Luís Marcelo recebendo o Prêmio Vale 2022
Fruto do convênio de cooperação técnico-científica entre a UFRJ e a Vale, o artigo “Comparação de cenários industriais de prensagem de pellet feed via simulação”, de coautoria do engenheiro da mineradora Gilvandro Bueno, começou a ser produzido em 2017, enquanto Túlio concluía o curso de Engenharia Metalúrgica e fazia Iniciação Científica (IC) no Laboratório de Tecnologia Mineral da UFRJ (LTM/UFRJ).
“Conseguimos mostrar como os modelos matemáticos e simulações de processo podem ser ferramentas importantes no processo industrial, garantindo assim para a operação uma melhor produtividade do equipamento, menor consumo de energia e melhor qualidade do produto final”, explicou Túlio Campos, que atualmente faz mestrado no Programa de Engenharia Metalúrgica e Materiais da Coppe/UFRJ.
A premiação acontece há mais de 50 anos e destina-se a contemplar anualmente o trabalho de maior destaque na área de preparação de minérios de ferro para redução. “Trata-se de um reconhecimento importante, já que o artigo foi apresentado e publicado em um dos principais fóruns nacionais na área. Ficamos felizes porque identificaram nele uma contribuição relevante para o setor”, celebrou Túlio, que recebeu ainda a quantia de R$ 5 mil, como os demais autores da publicação.
É a segunda vez que um trabalho do LTM recebe o prêmio e a quinta premiação da ABM a trabalhos realizados no laboratório, responsável por fomentar estudos de novas tecnologias que atendam a indústria brasileira. “O Brasil é o maior exportador mundial de pelotas de minério de ferro, as quais são usadas na produção de ferro e aço. Uma etapa muito importante da produção dessas pelotas é a redução de tamanhos do minério, a qual é realizada principalmente usando moinhos de bolas e prensas de rolos. O artigo certamente irá colaborar com a produção dessas pelotas pela indústria”, avaliou o professor do Departamento de Engenharia de Metalúrgica e de Materiais da Politécnica-UFRJ Luís Marcelo Tavares.
Publicado em: 14/06/2022
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Palestrantes da Semana do Meio Ambiente 2022
Após três dias de apresentações e debates relacionados à preservação do Meio Ambiente e Sustentabilidade, a edição deste ano da Semana do Meio Ambiente da Escola Politécnica da UFRJ chegou ao fim. Professores, alunos e técnicos de empresas e instituições tiveram a oportunidade de conhecer melhor iniciativas e aprofundar o conhecimento sobre o setor.
A abertura do evento aconteceu na última terça-feira (7/6), com a participação da diretora adjunta de Ensino e Extensão da Politécnica-UFRJ, Adriana da Cunha Rocha. Em seguida, os professores da instituição Marcos Barreto e Marcelo Miguez, e o coordenador de Estudos, Pesquisas e Treinamento da Defesa Civil do Rio de Janeiro, Alexander de Araujo, analisaram o papel da chuva na incidência de deslizamentos e alagamentos, responsáveis por causarem danos às cidades e fatalidades, principalmente em áreas de risco.
“A chuva não é a vilã, mas sim um elemento essencial para a vida e o clima. A forma como ela interage com a bacia hidrográfica e como gera as vazões, que provocam as inundações, é que precisa ser estudada. É muito difícil falar de drenagem urbana sustentável e resiliente, se o crescimento urbano for desordenado. As inundações são cada vez mais recorrentes em todo mundo e trazem o maior número de vítimas e prejuízos associados aos desastres naturais”, explicou o professor Marcelo Miguez durante o bate-papo virtual.
Já no segundo dia, o gerenciamento de resíduos sólidos foi amplamente abordado pelos palestrantes, com apresentações de projetos voltados à redução do impacto destes resíduos no Meio Ambiente. A pesquisadora do Laboratório de Dinâmica de Sedimentos Coesivos da UFRJ e também coordenadora adjunta do Projeto Orla Sem Lixo, Carla Sabino, falou sobre a iniciativa, vinculada à Politécnica-UFRJ, responsável por desenvolver soluções efetivas e sustentáveis capazes de barrar o lixo flutuante que desemboca na Baía de Guanabara.
Na sequência, Bernardo Ornelas, gestor no Centro de Tratamento Mecânico-Biológico do Ecoparque Caju e membro do Escritório de Sustentabilidade da Comlurb, mostrou como a primeira unidade de biometanização da América Latina transforma a matéria orgânica dos resíduos sólidos urbanos em biogás, utilizado para a geração de energia e de biocombustível, não-poluente. “Hoje, o Rio de Janeiro é a cidade que mais emite gás de efeito estufa no país, dentro do setor de resíduos, justamente por essa geração de mais de 10 mil toneladas de resíduos por dia”, complementou Ornelas.
Também compôs o debate, o ex-aluno de Engenharia Ambiental da Politécnica-UFRJ e fundador do Ciclo Orgânico, Lucas Chiabi. Ele, que é entusiasta da compostagem, contou um pouco sobre a sua trajetória na UFRJ e idealização do projeto de transformar lixo orgânico em adubo, que atende atualmente mais de 4 mil famílias do Rio de Janeiro. “A gente sonha que um dia o resíduo orgânico seja tratado com o devido valor”, pontuou Chiabi.
O último dia de evento foi dedicado a tratar do setor de óleo, gás e eólico no Brasil e dos benefícios e desafios para a descarbonização, com destaque para a transição energética, eficiência energética, energias renováveis e tecnologias do hidrogênio. Participaram do bate-papo, o superintendente de Exploração na ANP, Marina Abelha; o pesquisador do Departamento de Transição Energética e Sustentabilidade do Cepel, Ary Vaz Pinto; o professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Politécnica-UFRJ Robson Dias; e a professora do PEA Ofélia de Queiroz.
De acordo com o professor Robson Dias, o país tem vivido, além do gargalo tecnológico, uma demanda grande de produtos que deveriam responder na mesma velocidade, sejam eles para as mais variadas fontes de energia. “Isso está acontecendo em vários setores, não só na parte de renováveis. Particularmente, nós sofremos muito com os semicondutores, pois há uma escassez de fabricação desse produto e o lead timing está sendo muito longo. Estamos vivendo uma corrida para tentar suprir essa demanda para utilização dos materiais”, alertou.
O evento foi organizado pela coordenadora do curso de graduação em Engenharia Ambiental, Monica Pertel; pelo coordenador do Programa de Engenharia Urbana (PEU), Julio Torres; pela coordenadora do Programa de Engenharia Ambiental (PEA), Lidia Yokoyama; e pela diretora de Ensino do Grêmio Acadêmico de Engenharia Ambiental (GAEA), Manoela Menna Barreto.
A transmissão da Semana foi realizada pelo canal da Escola Politécnica no YouTube, em razão do recente aumento de casos de Covid-19. As palestras estão disponíveis para visualização em:
Orla Sem Lixo – O projeto é responsável por desenvolver soluções efetivas e sustentáveis capazes de barrar o lixo flutuante que desemboca na baía de Guanabara e ao mesmo tempo criar um modelo de geração de trabalho e renda. O projeto, contemplado recentemente pelo edital Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, conta com a participação de mais de 70 integrantes, entre eles, professores, alunos de graduação, mestrado, doutorado e iniciação científica da UFRJ, UFF e IFRJ. Saiba mais em: https://orlasemlixo.com/
Encosta Viva – O projeto nasceu corroborado pelas diretrizes internacionais de gestão de riscos, que indicam que sem a participação da população, não é possível alcançar uma redução de riscos eficiente. Com isso, busca realizar ações socioeducativas baseadas nos preceitos da interdisciplinaridade, intersetorialidade, interatividade, inovação, conexão com o mundo real, envolvendo ambientes formais e não formais de educação. Entre as instituições parceiras estão Espaço Ciência Viva, CNPq, Faperj e INCT Reageo. Saiba mais em: https://encostaviva.poli.ufrj.br/index.php/oprojeto/
Publicado em: 03/06/2022
Escola Politécnica da UFRJ
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No alto, da esquerda pra direita: Nayana Campos, Arthur Costa, Isabela Pena, Vinicius Anacleto, Thiago Brandão, Juliana Magaton e Pedro Simões. Na parte debaixo, Tami Takashi, Yan Nascimento, Breno Andrade, Emily Katarine, Ana Luiza Felippe, Daniel Carvalho, Gilles Dias, Fabricio Cano e Pedro Victor
Pela sétima vez, o Capítulo Estudantil SPE/UFRJ conquistou o “Student Chapter Excellence Award”, prêmio de reconhecimento concedido anualmente pela Society of Petroleum Engineers (SPE) para cerca de 80 grupos estudantis de diversos países. O resultado foi divulgado no dia 24 de maio, e conta também com a presença de outras universidades brasileiras, entre elas, UFAL, UFS, UFCG, UFPel, UFES, UFRN e FMU.
A avaliação do grupo, formado por alunos da Escola Politécnica da UFRJ, se deu após análise do “Annual Report” – relatório de atividades encaminhado à SPE. O comitê julgador avaliou o desempenho dos grupos ao longo de 2021 em critérios como a realização de simpósios, programas de pesquisa e cursos; apresentações técnicas; promoções de eventos de carreira, networking, mentoria e treinamento de soft skills; e engajamento de alunos e ex-alunos.
“Acredito que o nosso diferencial para a conquista foi a inovação e a diversidade das atividades. No último ano realizamos eventos de carreira como o 4º Workshop Oil Journey, eventos técnicos como a Primeira Semana de Energia da UFRJ e o paper contest, que teve como objetivo incentivar e valorizar a pesquisa a nível nacional. Além disso, mantivemos nosso envolvimento com a comunidade, realizando diversas campanhas de cunho social para conscientização ambiental e também para receber doações para ajudar ONGs”, comentou Pedro Simões, vice-presidente do Capítulo de Estudantil SPE/UFRJ.
A SPE é a maior organização de membros individuais que atende gerentes, engenheiros, cientistas e outros profissionais do segmento upstream da indústria de óleo e gás, tendo mais de 120 mil membros em 134 países. “Esses dados servem como base para afirmar que, dentro do processo de seleção das empresas, ter feito parte de um capítulo estudantil da SPE é um diferencial, principalmente ocupando cargos de liderança que foram reconhecidos positivamente no final da gestão com uma premiação a nível internacional”, avaliou a coordenadora do grupo, professora Juliana Baioco.