O Museu da Escola Politécnica está aberto para visitações, de segunda a sexta de 9h às 16h, com exposição permanente que conta a história não só da Escola Politécnica da UFRJ como da própria Engenharia. Criado em 1977, o museu reúne um vasto acervo no segundo andar do bloco A do Centro de Tecnologia da UFRJ.
“O museu foi criado para manter viva a memória da instituição, que tem seu presente e futuro como uma decorrência do que já criou e vivenciou. O papel do museu é preservar a memória da Escola”, comenta o professor Heloi José Fernandes Moreira, que desde 2007 coordena o museu, e desde 2009 em conjunto com a museóloga Dirlene Silva Diorio. Diretor da Poli-UFRJ entre 1996 e 2006, ele também acredita que a preservação da memória é uma forma de manter vivo o sentimento de pertencimento e orgulho do aluno sobre o local onde irá conquistar o tão sonhado diploma de uma universidade referência na área.
“Aqui os visitantes poderão analisar e perceber como foi a evolução do ensino da Engenharia, os instrumentos que eram utilizados no passado, porque foram se modernizando. Isso dá a possibilidade de pensar num futuro melhor para a instituição, acrescenta o prof. Heloi.
Já para a museóloga Dirlene Diorio, o museu promove a oportunidade de refletir sobre “um espaço de memória, ciência, tecnologia, mas também de fazer com que o aluno se sinta parte integrante da história da Escola”.
Entre as peças expostas, está o busto em bronze de Visconde do Rio Branco, responsável por finalizar a separação entre os ensinos de engenharia militar e civil ao instituir a Escola Polytechnica em 1874, sendo o primeiro diretor efetivo da escola; a chapeleira que integrou seu gabinete no período em que foi diretor de 1875 a 1879; e o modelo de telegrafia elétrica — aparelho inventado por Clément-Louis Breguet, dando início à telegrafia elétrica — utilizado pelo Barão de Capanema na primeira demonstração prática, em 1851, em duas salas do prédio que posteriormente sediou a Escola Central. O museu também tem entre suas peças máquina eletrostática, aparelho espectroscópio, modelo de engrenagem em espiral, modelo de vagão de trem, óleo sobre tela de André Rebouças e também de outras personalidades importantes da Engenharia.
O professor Heloi destaca que a Diretoria da Escola Politécnica tem prestado o apoio necessário em termos de conservação dos espaços físicos do museu, tanto o da reserva técnica onde é feito o trabalho de restauração de peças e armazenamento de acervo, como o das exposições temporárias e permanentes. Além disso, está em curso um Projeto de Segurança contra Incêndios que utiliza tecnologias adequadas para museus.
Além das exposições, o museu da Poli também oferece alguns cursos sem período fixo voltados para pós-graduandos e outros para funcionários que em suas edições anteriores já abordaram a história da escola, instrumentação científica e história da ciência, técnica e epistemologia.
Serviço:
Museu da Escola Politécnica da UFRJ
Local: 2º andar do Bloco A do CT
Horário: segunda a sexta, das 9h às 16h.
Telefone: (21) 3938-7723
Entrada franca