Intercambista da Escola Politécnica da UFRJ está entre os jovens mais promissores do Brasil 

Publicado em: 01/12/2023 Escola Politécnica da UFRJ
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A aluna da Escola Politécnica da UFRJ Giovanna Rezende e também intercambista de dupla titulação no Institut Mines-Télécom – IMT Atlantique, da França, ficou entre os 30 estudantes brasileiros mais notáveis e promissores e que representam uma diversidade de formações acadêmicas e trajetórias de vida. O anúncio foi feito recentemente pelo Programa Líderes Estudar 2023, vinculado à Fundação Estudar, que contou este ano com a inscrição de mais de 45 mil estudantes de todo o país. 

O processo seletivo no qual a jovem de 22 anos foi submetida durou de fevereiro ao final de junho deste ano e começou com testes de perfil e de lógica, seguidos de avaliações da trajetória acadêmica, profissional e pessoal, entrevistas individuais, entrevistas coletivas com ex-bolsistas e um painel final com o Conselho da Fundação. 

De acordo com Giovanna – que cursa o nono período de Engenharia Nuclear, ter sido selecionada, além de gratificante, ajudou a financiar sua dupla titulação no IMT, uma universidade referência na área nuclear e que tem contribuído para complementação de sua formação. 

“Receber esse reconhecimento foi como se eu sentisse que finalmente podia parar e respirar um pouco depois de anos tão intensos na graduação. Os métodos de ensino do IMT são muito focados em já aprender com a mão na massa e a maior parte dos cursos são trabalhos práticos e experimentais. Então, a base que eu tive na Escola Politécnica foi exatamente o que eu precisava para conseguir aplicar os meus conhecimentos na universidade francesa. Acredito que a gente já chega com muita bagagem do nosso curso e das experiências no Brasil”, destacou. 

Natural da cidade de Parnaíba, no Piauí, Giovanna sempre obteve boas notas e ficou em primeiro lugar em seu curso, e também demonstrava grande interesse no aprendizado da aplicação da Engenharia Nuclear na Medicina,

tanto é que em 2020, se tornou voluntária no Instituto do Câncer do Ceará (ICC-Brasil) para ajudar na operação e manutenção de cintilografia miocárdica e PET-CT dispositivos de exame. 

“Batalhei tanto para manter meu CR, me envolver em atividades extracurriculares, ICs, conseguir bons estágios e conseguir esse duplo diploma, que nunca tinha realmente parado para me dar conta de tudo que já tinha conseguido alcançar. Eu saí de casa muito cedo, então pra mim foi um sinal pra eu parar e me dar conta de que realmente estou no caminho certo”, avaliou a aluna. 

Ao longo de sua trajetória na UFRJ, Giovanna também foi tutora de física moderna, atuou no desenvolvimento de uma startup que oferece ferramentas personalizadas de cálculo de dosimetria por meio de modelagem computacional, baseada em imagens médicas e prestou assistência ao Laboratório de Partículas Elementares da UFRJ como parte do experimento LHCb no CERN. 

Motivação para cursar Engenharia 

Ela lembra que desde cedo já sabia que queria ser Engenheira Nuclear. “Aos 13 anos vivenciei uma situação na minha família que me fez refletir sobre a importância do diagnóstico e tratamento eficaz do câncer, e também a necessidade de desenvolvimento e inovação nessa área. Mas, eu nunca quis ser médica, sempre gostei de física e sou criativa, e vi que a Engenharia Nuclear poderia combinar esses dois aspectos”, disse. 

Fundação Estudar

É uma organização brasileira criada em 1991 sem fins lucrativos formada por líderes visionários brasileiros que querem fazer a diferença no nosso país. E todo ano eles promovem um programa chamado Líderes Estudar, que seleciona, apoia, reúne e desenvolve em média 30 jovens de alto potencial. O objetivo principal deste programa é promover conexões, fornecer apoio financeiro e intelectual essencial e capacitar brasileiros academicamente excepcionalmente talentosos para impulsionar mudanças inovadoras no país.