Com o objetivo de fortalecer o diálogo produtivo entre as Cátedras de Drenagem Urbana em Regiões de Baixada Costeira (UFRJ – Brasil) e de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos (Javeriana de Bogotá – Colômbia), a Escola Politécnica da UFRJ recebeu no último dia 30, o II Encontro Colombo-Brasileño de Cátedras UNESCO.
Na ocasião foram apresentados os resultados mais significativos alcançados nos últimos anos e trabalhos técnicos e de pesquisa de ambas as cátedras, com foco na Gestão de Recursos Hídricos, Hidrologia e Mudanças Climáticas, Gerenciamento de Risco de Inundações e Soluções Baseadas na Natureza para drenagem urbana.
A Cátedra UNESCO Javeriana trouxe estudos sobre impactos das mudanças climáticas no regime hidrológico de regiões colombianas, além de linhas de pesquisa sobre morfologia fluvial e drenagem urbana sustentável. Já pela Cátedra UNESCO UFRJ foram apresentados, principalmente, resultados de projetos e pesquisas sobre uso de soluções baseadas na natureza em sistemas de drenagem urbana. Vale destacar também a apresentação do engenheiro Marlon Alvarez, da Fundação Rio-Águas, da Prefeitura do Rio, que apresentou os trabalhos recentes da concessionária.
Participaram do encontro os professores da Escola Politécnica Marcelo Miguez, Paulo Canedo, Osvaldo Rezende e Matheus Martins; o doutorando do Programa de Engenharia Ambiental da UFRJ, Francis Martins Miranda; e o professor da PUC-Rio, Antonio Krishnamurti. Da universidade colombiana, os professores Juan Diego Giraldo, Angela Moncaleano e o também coordenador do Mestrado em Hidrosistemas, Andres Vargas; e o professor e diretor do Instituto Javeriano del Agua, Andres Torres.
De acordo com o professor Osvaldo Rezende, o encontro reforçou as sinergias entre os grupos de pesquisa, abrindo caminho para efetivação de um acordo de cooperação, que começa a ser discutido entre as instituições a partir de agora. “Após elaboração deste acordo, serão apresentados os planos de trabalho específicos para cada linha de pesquisa”, adiantou.
Já o professor Marcelo Miguez entende que o diálogo com instituições internacionais possibilita um olhar mais abrangente sobre os problemas enfrentados pela sociedade, no que diz respeito aos recursos hídricos, principalmente frente aos impactos da crise climática global. “Particularmente, a interação com instituições latino-americanas fortalece uma ciência regional, voltada às condições locais enfrentadas por nossos países”.