Diretora da Politécnica-UFRJ e presidente da Abenge participam de encontro do Crea-PE sobre Novas DCNs da Engenharia

Publicado em: 16/08/2023 Escola Politécnica da UFRJ
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O cenário atual e as perspectivas para a formação de profissionais de Engenharia, com base nas diretrizes curriculares nacionais foram tema de encontro na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no dia 1º de agosto. O evento “Novas DCNs para as Engenharias: desafios e oportunidades”, realizado pelo Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da UFPE, contou com parceria do Crea-PE e da Abenge (Associação Brasileira de Educação em Engenharia).

Voltado para professores, alunos e técnicos da UFPE, integrantes de instituições de ensino de Engenharia de Pernambuco, além de representantes do setor empresarial, especialmente do segmento industrial, o encontro aconteceu no auditório do Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia (i-LTPEG), da UFPE.

Durante cerca de duas horas foram realizadas palestras da presidente da Abenge, Adriana Tonini, e da diretora da Escola Politécnica da UFRJ e também presidente do Fórum Nacional de Dirigentes de Ensino de Engenharia (Fordirenge), Cláudia Morgado, seguidas de quase uma hora e 30 minutos dedicadas a respostas dos palestrantes a perguntas feitas pelo público presente.

Segundo a presidente da Abenge, as diretrizes foram atualizadas justamente para atender as competências exigidas pelo mercado de trabalho para o profissional de Engenharia. “Todos nós tivemos o saber da Engenharia, independente da época de formação. Mas, o mercado é muito dinâmico e exige cada vez mais profissionais com outras competências necessárias, o que aumenta nossa preocupação no que diz respeito à formação”, comentou Adriana Tonini. E ressaltou:

– Falar sobre diretrizes é falar de modernização do currículo, pensar em metodologias de ensino e aprendizagem para os conteúdos de todos aqueles dez períodos de Engenharia. Esse é o maior desafio das Diretrizes Curriculares Nacionais.

Já Cláudia Morgado explicou em sua apresentação o motivo que levou a criação do Fordirenge, uma entidade de caráter permanente voltada para articulação e proposição de políticas acadêmicas, tecnológicas, de inovação e de inserção social, comprometida com a formação em Engenharia.

– As novas DCNs propõem uma reestruturação dos PPCs de todos os cursos de Engenharia com mudanças de requisitos de desempenho e de qualidade, que serão objetos de avaliação. Isso permite reestruturar o Ciclo Básico de todos os cursos, repensar a aplicação e a didática das disciplinas de cálculo e física, parte do currículo que era sempre mantida nas reformas curriculares individuais.

A diretora da Escola Politécnica também chamou atenção para a fuga de engenheiros para trabalhar em empresas europeias, o que denota a qualidade da formação, mas se ressente da falta de obrigatoriedade de contratação de engenheiros (as) brasileiras nas empresas multinacionais que exploram recursos do país como se faz em qualquer país de primeiro mundo.

Claudia Morgado ainda contou um pouco sobre sua experiência à frente da Escola Politécnica e iniciativas desenvolvidas pela instituição, com foco em atender elementos das novas DCNs em Engenharia, entre eles: Projeto CASA, que tem como objetivo promover o desenvolvimento social, pessoal e emocional do aluno, por meio de orientação psicopedagógico, acolhimento psicossocial e outras atividades que estimulem um ambiente mais afetivo e saudável para a formação de novos engenheiros; Poli Vagas, portal de oportunidades exclusivo para alunos e ex-alunos da Escola Politécnica da UFRJ; Escritório de Carreira e Empreendedorismo, um serviço com o qual alunos e ex-alunos da Politécnica-UFRJ podem contar para construção de suas trajetórias profissionais; e InovaPoli, iniciativa voltada à aplicação e difusão dos múltiplos aspectos da Inovação e Empreendedorismo dentro da Politécnica-UFRJ.

As palestras foram transmitidas ao vivo pelo canal da UFPE no YouTube.