CAMec: união de alunos e professores para fortalecimento do curso

Publicado em: 08/07/2021 Escola Politécnica da UFRJ
Compartilhar:

A Confraria Acadêmica da Engenharia Mecânica (CAMec) foi criada em 2014. À frente desta representação estudantil desde outubro de 2019 está a chapa “Saindo da Inércia”, que tem uma estrutura horizontal, com quatro diretorias – Acadêmica, Comunicação, Eventos e Finanças e Institucional – e nove integrantes. Uma pesquisa regular de avaliação dos docentes pelos estudantes e um Programa de Apadrinhamento são iniciativas que se destacam na atuação do grupo. Nesta entrevista os integrantes falaram destes e outros temas.  

A ‘Saindo da Inércia’ foi eleita em função de alguma bandeira específica? 
Juliana Braz: A principal bandeira da Confraria é melhorar a relação entre alunos e professores e dos alunos entre si, tornando o curso mais unido.  A nossa proposta é de representar os alunos, defendendo as necessidades dos graduandos e agregando valor ao desenvolvimento do aluno, seja através da organização de capacitações ou elaborando eventos acadêmicos e de integração.

Com esse objetivo vocês fazem pesquisas para avaliar o corpo docente a cada dois períodos? 

Juliana Dreyer: A Avaliação Docente é uma iniciativa que a CAMec adotou justamente por não ter um meio de avaliação desta forma mais específica na Poli. Não temos ciência de nenhuma confraria que faça o mesmo. De forma geral, tivemos respostas bem positivas aos feedbacks que demos aos professores, mas teremos ideia melhor de como está ocorrendo esta evolução depois de compilarmos os dados da última avaliação (2020.1 e 2020.2). 

Nas redes sociais a CAMec incentiva os estudantes a darem Feedbacks positivos aos professores, quando é o caso. Por que essa campanha?

Sarah de Oliveira: A iniciativa Avaliação Docente busca aproximar os professores e alunos no quesito de adequação ao ensino. Muitas vezes a relação entre docentes e discentes se resume a sala de aula e avaliação, e entre as mais diversas questões que isso envolve. Percebemos que deve haver espaço para um diálogo construtivo. Principalmente agora no ensino remoto, no qual todos estamos vivendo com mudanças rotineiras e sob tempos difíceis, sugerimos sempre que haja um olhar empático de todos os envolvidos. Vemos professores muito bons se esforçando para dar uma aula de qualidade, apesar das circunstâncias, e isso deve ser reconhecido, bem como críticas que visem ajudar aos outros que ainda estão modificando suas didáticas ao longo dos períodos. Queremos passar a mensagem da unicidade de objetivos: um ensino de qualidade. Logo, todos somos parte desse caminho e devemos construí-lo juntos.

Como tem sido o trabalho da CAMec durante a pandemia? 

Sarah de Oliveira: A confraria tem recebido muita demanda no sentido acadêmico, devido às mudanças nas esferas de processos administrativos, comunicação com professores e coordenação, e outras coisas que anteriormente eram facilmente resolvidas indo até a secretaria de graduação, mas nos propomos também a promover eventos de interesse do corpo estudantil, como a visita técnica à COMGÁS, por exemplo, e outras pequenas interações entre alunos no início da pandemia. Também demos continuidade a algumas ideias, como o programa de mentoria, o apoio e orientação aos estudantes vindos de transferências.

Vocês identificam algum aspecto positivo nesse período pandêmico? 

Juliana de Oliveira: Algumas práticas e recursos do EAD, como reuniões on-line e plataformas de organização, se mostraram muito eficientes e com certeza seguiremos com essas práticas mesmo após as aulas presenciais voltarem. Por outro lado, a integração e o engajamento entre os alunos se mostraram desafiadores. Pois, a troca que o contato humano promove é muito importante nesse trabalho e sem ele fica difícil receber feedbacks.

Vocês têm conseguido dar apoio especial aos calouros? 

Felipe Santana: Sim, temos o Programa de Apadrinhamento que os inclui como apadrinhados, temos também o manual do estudante da CAMec, uma recepção aos calouros, que tem ocorrido de forma virtual, e uma apresentação na aula de Introdução à Engenharia Mecânica.

Como funciona o Programa de Apadrinhamento? Existe há muito tempo?
Monizi Couto: O Apadrinhamento tem como objetivo direcionar e auxiliar graduandos, calouros ou não, na trilha da faculdade, assim como estimular a união do corpo discente. Há uma seleção de mentores dentre os alunos atuais e formados do curso e formamos pares mentor-mentorado para tirar dúvidas sobre a graduação, mercado de trabalho, oportunidades e tudo mais. Nossa primeira edição foi em julho de 2020, englobando os calouros de 2020.1 e 2020.2.

Há alguma questão específica dos alunos da Mecânica em relação ao ensino remoto?
Juliana Calazans: A dificuldade de conexão e estrutura tecnológica, tanto dos alunos como dos professores, é um dos principais problemas, assim como o elevado volume de matéria e trabalho em algumas disciplinas para um período mais curto. Também temos o ambiente de estudo, que foi afetado drasticamente, piorando as condições de realização dessa atividade, e a relação aluno professor ficou mais distante e menos frequente. 

Como é a relação com a coordenação, departamento e direção da Escola Politécnica? 

Yuri Paes: Muito boa, a CAMec possui um espaço aberto de diálogo com os coordenadores e professores da Mecânica, assim como com a direção da Escola Politécnica. Em geral, mantemos um contato mais frequente com todo o Departamento de Engenharia Mecânica, que nos ajuda em nossas iniciativas. 

Quais a principal pauta da CAMec para o retorno presencial?

Juliana de Oliveira: Lutamos por mais espaço físico no departamento, como uma sala própria e uma sala de estudos que comporte um número maior de alunos.  Nesse período distante da faculdade, ficamos impossibilitados de executarmos ativamente ações para essas reivindicações. Contudo, retomaremos em consonância com o regresso às aulas presenciais.

Quando será a próxima eleição? 

Renato de Oliveira: Quando as aulas voltarem presencialmente, tendo em vista a dificuldade de gerir uma votação à distância. No entanto, não excluímos a possibilidade de fazer uma votação virtual a partir de um sistema seguro caso seja necessário. Recentemente, tivemos a eleição para coordenador da Mecânica através de um sistema virtual, da UFRJ, muito bem feito, talvez seja uma boa alternativa para a nossa confraria.

Vocês dois estão no 5º período e, dos membros atuais, são os que estão há mais tempo na equipe, quase dois anos. O que os motivou a entrar para a confraria e qual o saldo dessa experiência?  

Juliana Dreyer: Buscar maior interação entre os alunos para nos ajudarmos a termos um caminho mais simples pela graduação, compartilhando problemas e soluções. O maior presente que a CAMec me deu até hoje foi networking com grandes alunos e futuros companheiros de profissão, além de amizades sinceras.

Renato de Oliveira: A necessidade de conhecer mais pessoas da Mecânica, a vontade de ajudar outras a partir das minhas experiências, e o desejo de criar um impacto positivo no curso foram as motivações. Durante esse tempo, me foram apresentadas inúmeras oportunidades direta ou indiretamente por causa da CAMec, seja dentro ou fora da UFRJ. No entanto, o que mais contribuiu para a minha formação foi a quantidade de pessoas incríveis que eu conheci e amizades que eu pude fazer. Sem dúvidas, a convivência com essas pessoas contribui para minha formação tanto pessoal, como profissional.

Composição da chapa “Saindo da Inércia”:

Diretoria Acadêmica:  Juliana Calazans e Sarah de Oliveira

Diretoria de Comunicação: Juliana Dreyer, Yuri Paes e Monizi Couto

Diretoria de Eventos e Finanças: Juliana de Oliveira e Felipe Santana

Diretoria Institucional: Renato de Oliveira e Juliana Braz