O aluno de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da UFRJ Severino Virgínio e os egressos da Escola Politécnica da UFRJ Francisco Victer e Yan Monteiro receberão o Prêmio Honra e Mérito Socioambiental por suas iniciativas, através do projeto Engenhando a Cidade. A premiação é promovida pelo Pacto de Resgate Ambiental, que conta com a participação da ONG Lagoa Viva, uma das mais tradicionais e antigas do Rio de Janeiro, voltada à preservação ambiental do Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá. A solenidade de entrega da honraria será no dia 5 de junho, no Campo Olímpico de Golfe, na Barra da Tijuca.
A homenagem é uma resposta de agradecimento às personalidades que disponibilizam suas energias, contribuindo voluntariamente na luta, em especial, voltada para os problemas ambientais da bacia hidrográfica da Barra da Tijuca/Jacarepaguá. No caso dos três contemplados, o reconhecimento se deve especificamente à contribuição enquanto projeto voluntário pela Lei Estadual 9897/2022, fruto da proposição via LegislAqui (ALERJ) e que foi a primeira lei proposta efetivamente pela sociedade civil.
O projeto de lei, sancionado em 11 de novembro de 2022, previa a instalação de composteiras para processamento das sobras de merenda escolar em todas as escolas da rede pública do Estado do Rio. O projeto foi capaz de reduzir a geração de resíduos sólidos orgânicos, que são 50% do volume encaminhado aos aterros sanitários. Além disso, as hortas orgânicas nas escolas trouxeram atividades que ajudaram a cumprir as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como interdisciplinaridade e conhecimento prático, com os alunos ativamente observando os fenômenos estudados em sala. Vale lembrar que parte do adubo coletado foi disponibilizado à comunidade escolar.
Severino Virgínio está cursando o último período de Engenharia de Produção e entende que receber uma premiação tão próxima a formatura tem um simbolismo especial.
– O reconhecimento após uma longa jornada durante a graduação, com todo o apoio institucional, traz um sentimento de leveza e gratidão, em especial, pela oportunidade de retribuir a formação que recebo nesta instituição. Posso dizer que este prêmio perpassa a instituição Engenhando a Cidade e se estende a capacidade da Escola Politécnica em formar engenheiros, desde de sua fundação, capazes de transformar e modificar o seu entorno, promovendo sempre um território sustentável e inclusivo. Este prêmio singelamente representa mais uma conquista da UFRJ em sua prateleira, reconhecendo sua capacidade de transformar o Brasil ao longo de sua história.
Já Yan Monteiro, formado em Engenharia Civil, agradeceu pelo prêmio:
– É extremamente gratificante, principalmente por vir de outro movimento que defende o desenvolvimento sustentável e ações voltadas para a recuperação do meio ambiente, assim como nós. Ficamos também muito felizes de exercer nossa cidadania e o prêmio encoraja a nós e demais instituições correlatas a agirem por um melhor país e uma melhor qualidade ambiental.
Para Francisco Victer, que é formado em Engenharia de Produção, receber o reconhecimento de uma das mais tradicionais ONGs do Rio é gratificante. “Me sinto honrado em saber que nosso projeto de recuperação do Corredor Esportivo e das Composteiras está trazendo impacto positivo dentro do estado. É a Engenharia da UFRJ mostrando seu diferencial”.