Os estudantes Pedro Pimentel, Mariana Meirelles e Virgínia Torres, da Escola Politécnica da UFRJ, e Rodrigo Savi, da UniRio, retornam ao Brasil esta semana com a experiência de terem participado de um dos principais desafios de projeto de engenharia, o Invent for the Planet – IFTP, um desafio de 48 horas para gerar ideias que possam mudar o mundo. O Grupo Rio, organizado numa parceria da UFRJ com o Cefet/RJ, ficou entre as cinco melhores do mundo, em etapa mundial realizada entre os dias 5 e 7 de abril, nos Estados Unidos.
A equipe brasileira, que venceu as edições de 2019 e 2020, concorreu desta vez com o projeto eVERDE, que propõe uma solução para lixos eletrônicos, explorando aspectos ecológicos, sociais e empresariais, oferecendo ainda uma destinação adequada para o lixo eletrônico, incentivando o reuso de equipamentos, sem perder de vista um negócio que pode ser lucrativo.
“Nossa proposta busca conectar vendedores e compradores desses eletrônicos, assim como, ajudar a reciclar aqueles que não tem mais utilidade. Acreditamos que mesmo não tendo sido classificados, fizemos um trabalho incrível, viemos até aqui, conhecemos pessoas de muitos lugares do mundo e a Texas A&M University, que é uma universidade muito prestigiada, além de participar de um evento importante e internacional. Estamos muito felizes de estar entre os top 5 do mundo e com todos os elogios feitos ao nosso trabalho”, destacou a estudante Virgínia Torres da Silva, do curso de Engenharia Eletrônica e de Computação.
Na etapa classificatória, realizada em março deste ano no Rio de Janeiro, o projeto do Grupo Rio ficou à frente de outras iniciativas, entre elas de um grupo formado também por alunos da UFRJ e do Cefet/RJ, que apresentou uma ideia de aproveitar a água que é usada para outros fins para gerar uma pequena quantidade de energia renovável. Já um terceiro grupo, formado por alunos do Cefet, Universidade Veiga de Almeida e da própria UFRJ, sugeriu uma pulseira que gera energia, a partir dos movimentos do corpo, seja no tornozelo ou no pulso, podendo ser armazenada em uma bateria e assim ser usada para carregar um dispositivo eletrônico como o celular.
“Estamos muito orgulhosos dos nossos alunos. O desempenho deles foi excelente, principalmente em aspectos como aplicabilidade, viabilidade e apresentação do projeto. De uma maneira geral, temos desafiado os alunos a pensarem soluções para problemas de impacto global e temos tido uma resposta muito consistente, estando entre os melhores do mundo nas últimas edições”, avaliou o coordenador do projeto e professor da Escola Politécnica Marcelo Savi.
Os projetos vencedores foram Aquabox da Texas A&M University, E^2M3 da New Mexico State University’s e Island Vision da Texas A&M Corpus Christi, que podem ser conhecidos no site da competição.
*Modificado em 11/04/2022