Projeto de extensão da Politécnica-UFRJ leva oficina sobre desastres ambientais a mil alunos da rede pública

Publicado em: 03/09/2021 Escola Politécnica da UFRJ
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As escolas municipais Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, e Thomas Mann, no Cachambi, serão as primeiras unidades escolares a receberem oficina educativa sobre desastres associados a deslizamentos pelo projeto “Trabalhando o Tema de Desastres Socioambientais na Educação Básica através da Articulação entre UFRJ, Escolas Públicas e Museu De Ciências”, que integra o projeto de extensão Encosta Viva, vinculado à Escola Politécnica da UFRJ.

Representação, através de maquete, de aspectos naturais e antropogênicos de uma área de encosta

Tendo financiamento do CNPq, a oficina “Um dia a terra cai” será realizada entre os meses de outubro e novembro para cerca de mil alunos de 31 turmas do ensino fundamental. As atividades serão conduzidas por cinco alunos dos cursos de graduação em Engenharia Civil, Ambiental e Mecânica da Politécnica-UFRJ e outros quatro da Comunicação Social, Geografia e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, também da UFRJ, além de uma doutoranda do Programa de Engenharia Ambiental (PEA/UFRJ), sob a coordenação do professor do Departamento de Construção Civil da Politécnica-UFRJ, Marcos Barreto de Mendonça.

O conteúdo prevê a apresentação de conceitos de deslizamentos, riscos e desastres; tipos de solo; as causas naturais e humanas dos deslizamentos; a construção social do risco; como contribuir para reduzir o risco de deslizamentos; e o sistema de alerta. Além disso, a oficina terá uma etapa de interação com maquete, amostras de solo e uso de materiais para construção de pluviômetro artesanal.

“Vamos levar os alunos “monitores” das escolas para aulas em campo para discutirmos sobre os condicionantes dos deslizamentos; incentivar todos os alunos das escolas a perceberem e mapearem os riscos em suas comunidades; e promover a interação deles com instituições municipais envolvidas em gestão de risco; entre outras ações.”, revela o coordenador do projeto.

Segundo ele, “o objetivo é que estas práticas possam ser disseminadas para as diversas escolas públicas, principalmente próximas de áreas de risco. Caso uma escola se interesse, é só entrar em contato com a gente, que vamos tentar programar o atendimento. Mas, para isso, precisamos de mais estrutura e investimento”. Em 2022, há previsão de realizar a oficina na Escola Municipal Laudimia Trotta, na Tijuca.

O Projeto Encosta Viva nasceu corroborado pelas diretrizes internacionais de gestão de riscos, que indicam que sem a participação da população, não é possível alcançar uma redução de riscos eficiente. Com isso, busca realizar ações socioeducativas baseadas nos preceitos da interdisciplinaridade, intersetorialidade, interatividade, inovação, conexão com o mundo real, envolvendo ambientes formais e não formais de educação. Entre as instituições parceiras estão Espaço Ciência Viva, CNPq, Faperj e INCT Reageo.

Mais informações em: https://encostaviva.poli.ufrj.br/.