Diretora Cláudia Morgado e prof.º Richard Stephan tomam posse no Conselho Diretor do Clube de Engenharia

Publicado em: 21/09/2022 Escola Politécnica da UFRJ
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A diretora Cláudia Morgado e o professor Richard Stephan, ambos da Escola Politécnica da UFRJ, e o diretor executivo da Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (Coppetec), Fernando Peregrino, foram anunciados como conselheiros do Conselho Diretor do Clube de Engenharia para o mandato 2022-2025. A posse dos novos membros aconteceu durante Assembleia Geral Solene, realizada no dia 12 de setembro, na sede do Clube de Engenharia.

Reeleita com o segundo maior número de votos, a diretora Cláudia Morgado, que integrou a chapa “Engenharia, Desenvolvimento e Democracia”, se mostrou preocupada com os rumos da Engenharia e enfatizou a necessidade de maior envolvimento das instituições de classe com os temas em pauta. 

“Diversas empresas estruturadas do setor perderam espaço nos últimos tempos, por conta de uma predileção por empresas estrangeiras. Isso não é bom, pois elas não contratam engenheiros brasileiros e sim expatriados. Algumas leis que tramitam no Congresso Nacional também estão favorecendo esse cenário ruim para a Engenharia brasileira, e a gente vê as entidades muito paralisadas em relação às mudanças que estão sendo propostas. Isso me fez aceitar renovar o mandato no Conselho do Clube de Engenharia”, destacou.

Na ocasião, a diretora da Politécnica-UFRJ também reforçou a importância de se investir na graduação para o desenvolvimento do país. “Há sempre um privilégio de se falar da ciência, da tecnologia, da inovação e do investimento em pesquisa, mas as pessoas esquecem que a formação de pesquisadores e a pós-graduação só se sustentam se tiver uma graduação forte.

Professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Politécnica-UFRJ, Richard Stephan, concorreu pela chapa “Engenharia e Desenvolvimento” e também destacou sua missão à frente do Conselho. “Existem assuntos que precisam da força do Clube de Engenharia para serem modificados. Um exemplo é a exigência de seis horas de estágio. Trata-se de uma verdadeira agressão à formação profissional, que continua sendo imposta pela maioria das empresas. O revigoramento das indústrias brasileiras e, em particular, do Rio de Janeiro faz parte das minhas preocupações. Não teremos um bom ensino de engenharia se não tivermos um setor industrial ativo. Seria como tentar oferecer um bom curso de medicina sem hospital”, disse o professor.

Para o diretor executivo da Fundação Coppetec da UFRJ, Fernando Peregrino, que também integrou a chapa “Engenharia, Desenvolvimento e Democracia”, fazer parte do Conselho será uma grande oportunidade: “Vamos chamar atenção para o apoio necessário à matriz da educação – responsável por 95% da produção científica e tecnológica do país, e a Universidade, tendo em vista atender aos desafios do desenvolvimento industrial e tecnológico do país”.