CANa investe na integração e convoca eleição

Publicado em: 24/05/2021 Escola Politécnica da UFRJ
Compartilhar:
Alunos da Naval e Oceânica à frente da CANa

Um diferencial da Confraria dos Acadêmicos da Naval (CANa) é a promoção de eventos. São famosos no Centro de Tecnologia e fora dele a chopada Caninha, o Churrasco dos Calouros, a competição de futebol Taça CANa, e a TropiCANa, festa em um barco na Baía de Guanabara. São atividades que promovem muita integração e que foram sacrificadas com suspensão das aulas presenciais.

Além do contato direto com os alunos para saber as dúvidas e necessidades relativas à retomada das aulas de forma remota, não surpreende que a Chapa Afluentes, que está à frente da CANa desde julho de 2019, tenha se preocupado em promover atividades coletivas e de integração: grupos de conversação de inglês em salas remotas, mediados por alunos e ex-alunos, com temas ligados ao curso e outros, além de jogos on-line.

“É uma característica da CANa e do nosso curso: muita integração. As aulas de inglês funcionaram durante o período letivo excepcional até o período de 2020.1. Os grupos foram se desarticulando por conta de compromissos dos mediadores e necessidade de tempo para dedicação ao curso da parte dos alunos, mas é um projeto a ser retomado”, conta a presidente da CANa, Carolina Petris. Ela aproveita para anunciar que a Afluentes está convocando interessados em formar chapas para realizar eleição para a direção da entidade em julho.

Mas a CANa realiza mais que eventos. Assim como as demais confrarias e grêmios, tem assento no Colegiado do curso e na Comissão de Acompanhamento Acadêmico e defende os interesses dos alunos da Engenharia Naval e Oceânica junto à coordenação e ao Centro Acadêmico da Engenharia – CAEng. Aliás, foi a partir da fundação da entidade em 2004 que surgiram outras confrarias e grêmios, criando-se assim representações para cada curso, com atuação direta com as coordenações e articulação com o CAEng, que é a representação discente oficial da Escola Politécnica da UFRJ.

A vice-presidente da CANa, Mariana Corrêa, conta que um dos assuntos que mobiliza os alunos e a confraria é a estruturação e retomada do funcionamento da Biblioteca da Naval e do Marinf, um centro de informações sobre transportes aquaviários e construção naval.

“É também nosso desejo reativar o centro, mas dependemos de recursos para custear os bancos de dados. E sobre a parte das referências já está acertado que vão passar para a Base Minerva, biblioteca da Politécnica, quando voltarmos às atividades presenciais”, informa o coordenador da Engenharia Naval e Oceânica, professor Luiz Felipe de Assis.

Outros temas de interesse do corpo discente são a modernização de currículo e renovação da didática dos professores. “Achamos que o curso não está atualizado, com a dinâmica exigida pelo mercado”, aponta a presidente da CANa. “Os alunos também se queixam da forma como algumas matérias são apresentadas”, acrescenta a vice-presidente.

O professor Luiz Felipe de Assis comenta que tem uma boa relação com os integrantes da confraria, pautada em respeito e transparência, e que as demandas dos alunos sempre foram recebidas e analisadas. “A reforma curricular está em pauta na Politécnica e na Naval e o corpo discente será ouvido. A ideia é uma redução da carga horária total do curso e o aumento de projetos específicos já desde os primeiros períodos. Dar ênfase no trabalho mais horizontal, de integração entre os cursos. Temos o objetivo também de incorporar o dinamismo dos alunos nas equipes de competição como prática de engenharia nos cursos”, conta com entusiasmo o professor Luiz Felipe.

Orgulhos da Naval e Oceânica

Se em relação à didática de professores ou conteúdo de disciplinas pode haver alguma divergência de opinião entre o coordenador da Naval e Oceânica e os membros da CANa, o orgulho pelo apoio a eventos e demandas das equipes de competição e de entidades como a Liga da Naval e a Conceano, assim como eventos de proporção maior, como o Encontro Nacional de Estudantes de Engenharia Naval (ENAV), é algo comum a todos.

Os integrantes da CANa lamentam que a impossibilidade de realização dos eventos durante a pandemia também sacrifique a arrecadação de recursos – que eram revertidos dos eventos realizados – para as equipes Náutica, Solar Brasil, Nautilus e a Gero, criada recentemente. Afinal, mesmo na pandemia, as equipes continuam tocando seus projetos e algumas até participando de competições remotas.

Outro motivo de orgulho para os alunos da Naval e Oceânica, segundo os integrantes da CANa, é a Sala de Estudos, um espaço que congregava os alunos antes da pandemia. “Os demais cursos da Politécnica não têm algo semelhante. Acreditamos que por ser um curso menor – com cerca de 300 alunos – e graças a esse espaço de estudo e convivência temos muita integração”, observa a presidente da CANa.

Atenta, Carolina conta que é justo a integração um dos pontos de preocupação com as aulas remotas, principalmente em relação aos calouros. “É complicado para quem entrou no curso nesse contexto de pandemia. Fizemos apresentações e nos colocamos à disposição como forma de estimular os calouros. E também alertamos para se preparem para uma rotina mais puxada e difícil no retorno ao presencial. Nossa intenção é mostrar a realidade, mas sem desestimular, porque o nosso curso pode precisar de algum ajuste, mas é muito bom e o nosso time acolhedor”, garante a presidente da CANa.

Composição da CANa – Chapa Afluentes

Presidente: Carolina Petris
Vice-Presidente: Mariana Corrêa
Secretário Geral: Rafael Fernandes
Tesoureiro: André Santana
Diretora de Comunicação: Jullia Rosa
Diretor Social: João Braga
Diretor Acadêmico: Severino Neto